O DAC (Departamento de Aviação Civil) informou nesta quinta-feira que a Vasp não deve ter sua concessão para operar em vôos comerciais prorrogada em abril. A auditoria na empresa deve terminar nesta quinta.

O governo voltou a descartar uma intervenção ou estatização na Vasp, que enfrenta uma grave crise econômica. As outras empresas aéreas foram incentivadas a endossar as passagens para vôos da Vasp. Como algumas delas não aceitaram o pedido, a empresa  se comprometeu a reembolsar as passagens. 

Na quarta-feira o DAC, responsável pela autorização de vôos no país, cancelou a licença das últimas oito linhas que a empresa operava. "A Vasp está seguindo à risca a decisão do DAC e não vai levantar vôos", informou o diretor de Marketing da empresa, Mário Galvão. Ele também disse que os usuários que compraram passagens têm 30 dias para receber o dinheiro de volta, em qualquer ponto de venda da empresa.

O sindicato dos pilotos da Vasp decretou greve por tempo indeterminado. Os profissionais ainda não receberam os salários do mês de dezembro. Em nota oficial, a empresa lamentou a decisão do sindicato, que "em nada contribuirá para os esforços que a companhia vem desenvolvendo para superar as dificuldades que atravessa".

O último vôo da Vasp chegou por volta da meia noite de quarta-feira ao aeroporto de Guarulhos, na grande São Paulo. Segundo a assessoria, o avião vinha de Salvador e transportava a equipe do cantor Roberto Carlos.

O presidente da Vasp, Wagner Canhedo, se reuniu com responsáveis do DAC nesta quinta. Ele ainda não informou se a empresa vai acatar a sugestão de passar a trabalhar no mercado de vôos fretados.