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Passageiros no metrô londrino se dizem tensos e vigilantes
Da AFP
04/08/2005 | 10:41
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Os londrinos tomaram nesta quinta-feira o metrô ou os ônibus em meio a uma impressionante presença militar, exatamente no dia em que se completam quatro semanas dos sangrentos atentados de 7 de julho.

Os policiais, alguns armados, outros à paisana e muitos deles com capas amarelas fluorescentes bem chamativas, executavam patrulhas nos transportes públicos.

"A primeira coisa que pensei esta manhã foi: é quinta-feira, algo vai acontecer por que é quinta-feira", disse Rosemary Gajlmal, 20 anos, garçonete de um restaurante de Londres. "Claro, sou obrigada a pegar o ônibus, pois não tenho outra maneira de chegar ao trabalho", acrescenta a mulher.

"Estava no metrô quando aconteceram os primeiros atentados e continuei pegando os trens em todos os dias seguintes", afirmou Colin Tapson, um eletricista que subiu na Central Line com destino a Saint Paul em pleno centro de Londres.

"O metrô que tomei estava quase vazio esta manhã. Inclusive pensei em não ir trabalhar, pois é quinta-feira, mas não tenho opção, preciso ir", destacou uma mulher.

Desde o dia 7 de julho o número de passageiros no metrô diminuiu cerca de 30% nos fins de semana e entre 5 e 15% durante a semana.

Esta baixa foi atribuída pela empresa que explora o serviço ao fato de que 10% da rede ainda estava fora de operação por causa dos atentados. Os pedidos para que os passageiros prestem atenção em pacotes e bolsas e que avisem qualquer situação suspeita eram escutados regularmente nas estações.

Sonaldo Carlos, um estudante brasileiro de 24 anos, se sente mais seguro por esta mobilização, apesar de um compatriota ter sido morto a balas pela polícia. "Terei cuidado em não sair correndo", comentou irônico.




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