Caso contrário, o paciente corre o risco de desenvolver em poucas semanas versões mais resistentes do vírus e de reduzir ao mesmo tempo a possibilidade de sucesso do novo tratamento, acrescentam.
Geralmente, a eficácia terapêutica é avaliada pela quantidade de vírus no sangue (carga viral) ao final de quatro a oito semanas de tratamento. "Temos agora um meio rápido, simples e direto para dizer se os medicamentos funcionam", comenta o doutor Michael Polis, do Instituto nacional norte-americano de Alergia e Doenças infecciosas de Bethesda, autor da pesquisa com o doutor Dimiter Dimitrov, do Instituto nacional norte-americano do Câncer. "Este método pode evitar a exposição inútil dos pacientes à toxidade de medicamento que para eles são ineficazes", acrescenta Polis.
Cerca de dezessete medicamentos contra o retrovírus disponíveis atualmente para combater o HIV são usados de forma combinada devido à facilidade que vírus tem de sofrer metamorfose e se tornar resistente ao tratamento.
Os cientistas analisaram três ensaios clínicos de anti-retrovírus em pacientes cuja carga viral era medida diariamente.
Quase todos os pacientes cuja carga viral passava a ser praticamente impossível de se detectar (menos de 50 cópias do vírus/ml) registraram uma forte diminuição no sexto dia de terapia, respondiam bem ao tratamento a prazos mais longos que os demais, comprovaram os cientistas.
Em contrapartida, quase todos os pacientes cuja carga viral tinha diminuído pouco, reduzindo-se apenas à sua quinta parte, tinham uma "resposta ruim" ao tratamento a longo prazo, ou seja, sua carga viral voltava a aumentar três meses mais tarde.
Segundo os autores da pesquisa, esta medida permite avaliar a eficácia do tratamento em mais de 95% dos casos.
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