Número de pedidos de exonerações e aposentadorias no final da gestão de Filippi é muito acima do habitual; 47 salas estão sem professores
A Prefeitura de Diadema precisou chamar de forma emergencial profissionais da educação que estavam em lista de espera dos concursos vigentes para repor os 121 cargos que ficaram vagos com a alta leva de pedidos de exonerações e aposentadorias que ocorreu na mudança do governo de José de Filippi Júnior (PT) para Taka Yamauchi (MDB).
O emedebista autorizou a contratação imediata de 60 professores de educação básica I, 36 agentes de apoio escolar, 15 agentes administrativos, quatro agentes de cozinha e seis professores de educação básica para alunos com deficiência intelectual e mental.
O secretário de Educação do município, Felipe Sigollo, disse que esperaram as atribuições dos professores neste início de ano para terem a dimensão da necessidade de reposição. Além das 47 salas que abriram o ano letivo, no dia 7 de fevereiro, sem professores, há a necessidade de agentes de apoio escolar, entre outros profissionais. A previsão é de que dezenas novas baixas ocorram nos próximos meses.
“Havia uma comoção para que fossem chamados profissionais dos concursos vigentes, que a gestão passada não atendeu. Fizemos algo no limite do que precisava para atender a demanda, sem gerar prejuízos à educação, e que estivesse também dentro da questão financeira”, explicou o secretário.
Sigollo conta que quando assumiram a educação da cidade, os profissionais simplesmente não estavam mais. “Achamos estranho porque, girando a gestão, todos que estavam para aposentar e até quem já havia passado o prazo pediram tudo de uma vez. Porém, o problema maior foi não deixar informações para que o serviço tenha continuidade.”
O secretário da Educação de Diadema destacou ainda que, em meio à crise em várias áreas do Paço, Taka Yamauchi deu prioridade para resolver as demandas da educação.
“Vamos investir muito em formação dos professores e na articulação com a Secretaria Estadual de Educação e com as secretarias do Grande ABC, pois temos muitos assuntos em comum. Semana que vem teremos reunião do Consórcio com a secretária do Estado Maria Helena de Castro”, contou.
KIT ESCOLAR
A gestão anterior também não fez a solicitação dos kits escolares, deixando para a gestão de Taka. A prefeitura realizou agora em janeiro os pedidos de fornecimento para distribuir aos alunos nas próximas semanas os materiais, uniformes e mochilas, e assim normalizar a situação.
“É inadmissível que crianças e jovens tenham sido prejudicados por falta de planejamento da gestão anterior. Encontramos situação caótica, que atrasou um processo essencial para o início do ano letivo. No entanto, nossa equipe agiu rapidamente, reorganizando o orçamento e estruturando os pedidos. Educação é prioridade”, disse o prefeito.
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