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Ipred busca solução para não perder sua capacidade financeira em março

Prefeitura de Diadema avalia complementar recursos para que o instituto honre a folha de pagamento de aposentados e pensionistas

Angelica Richter
09/02/2025 | 08:08
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FOTO: Celso Luiz/DGABC


O Ipred (Instituto de Previdência do Servidor Municipal de Diadema) e a gestão Taka Yamauchi (MDB) buscam solução para que o órgão não perca a capacidade executiva a partir de março. Além disso, há possibilidade de o governo municipal não conseguir arcar com suas responsabilidades financeiras junto ao instituto, devido à dívida herdada da gestão anterior, estimada em R$ 2,5 bilhões. 

Segundo o superintendente do Ipred, Antônio Mário Carneiro Pereira, a dívida deixada pela gestão José de Filippi Jr. se encontra em R$ 1,2 bilhão, fruto de parcelamentos não pagos. “Conforme projeções apuradas, em março não teremos capacidade financeira para arcar com a totalidade da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas. O calote vem sendo praticado desde junho de 2022, deixando seis parcelamentos em atraso. Ainda foi levantado que o patrimônio líquido dinheiro em caixa disponível foi ilapidado ao longo dos anos. De R$ 274.157.540 deixados em dezembro de 2020 caiu para R$ 29.937.805 em dezembro de 2024”, destacou. 

Atualmente, o instituto conta com 6.396 servidores ativos e paga 3.630 aposentadorias e 441 pensões. A folha de pagamentos de janeiro totalizou R$ 24,7 milhões. O superintendente afirmou que o Ipred, juntamente à Secretaria de Finanças, tem monitorado a evolução crescente da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas.

“Neste momento, quem está sendo prejudicado, é o munícipe. Haja vista que, recursos para suprir o déficit na folha, impactam na alocação dos recursos que seriam destinados para melhorias na cidade”, destacou.

Segundo a Prefeitura, “neste primeiro momento a Secretaria de Finanças e o Ipred não medem esforços para solucionar a situação financeira caótica deixada pelas gestões anteriores, que nitidamente não tomaram os devidos cuidados com o Instituto de Previdência e, desta forma, corre o risco de inviabilizar as contas do município”.

Em relação à possibilidade de a Prefeitura não ter condições de arcar com os repasses ao Ipred devido à dívida herdada da gestão anterior, o secretário de Finanças, José Luiz Gavinelli, afirmou que está sendo encomendado um estudo para buscar alternativas a fim de equacionar o débito de R$ 1,2 bilhão junto ao instituto.

“O município pretende continuar com as contribuições patronais e, ainda em março, será necessário complementar os repasses ao Ipred, para honrar com o pagamento da folha do instituto”, destacou o secretário de Finanças.

Quanto ao parcelamento de parte da dívida aprovado pela gestão Filippi, Pereira afirmou que dos seis incluídos na Lei Complementar Municipal, quatro já foram reparcelados e não podem entrar na negociação. “Sendo assim, não será possível fazer o parcelamento dos dois valores permitidos em lei”, pontuou. 




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