Grávida de seis meses, a cantora está internada no Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, há duas semanas após o diagnóstico
Grávida de seis meses, a cantora Lexa está internada no Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, há duas semanas após o diagnóstico de pré-eclâmpsia precoce. Dr. Rogério Guidoni, coordenador da Maternidade do Hospital Brasil, da Rede D’Or, explica o que é a condição médica, quais sintomas uma gestante pode sentir e os fatores de risco.
A artista chegou a pedir aos fãs nas redes sociais que orassem pela filha, Sofia, fruto do relacionamento com o ator Ricardo Vianna. “Gostaríamos de pedir uma corrente de oração de todo o seu coração... Rezem pela Sofia”, disse.
O caso tem chamado atenção do público nas redes sociais, confira as explicações:
O que é a pré-eclâmpsia e como ela se desenvolve durante a gravidez?
A pré-eclâmpsia é uma condição médica que ocorre durante a gravidez, caracterizada pela combinação de hipertensão arterial e proteínuria (presença de proteínas na urina). Ela pode se desenvolver após a 20ª semana de gestação e é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal.
Fases do Desenvolvimento da Pré-Eclâmpsia:
1- Início assintomático: A pré-eclâmpsia pode começar sem sintomas, com o aumento gradual da pressão arterial e da proteinúria.
2- Hipertensão: A pressão arterial aumenta, geralmente acima de 140/90 mmHg.
3- Proteinúria: A presença de proteínas na urina aumenta, indicando dano renal.
4- Sintomas: A mulher pode apresentar sintomas como dor de cabeça, visão turva, dor abdominal, náuseas e vômitos.
5- Complicações: Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode levar a complicações graves, como eclâmpsia (convulsões), insuficiência renal, insuficiência hepática e morte fetal.
Quais são os sinais e sintomas mais comuns de pré-eclâmpsia?
A mulher pode apresentar sintomas como dor de cabeça, visão turva, dor abdominal, náuseas e vômitos. Alguns sinais acompanham como o ganho de peso rápido, acima de 01 kilo por semana e inchaço generalizado principalmente em face e mãos. Nesta fase há uma tendência a elevação da pressão arterial.
A pré-eclâmpsia pode ocorrer em qualquer gestação, ou existem fatores de risco que aumentam as chances de desenvolvê-la?
Pode ocorrer em qualquer gestação principalmente nas pacientes com fatores de risco, que são:
- Primeira gravidez
- História familiar de pré-eclâmpsia
- Idade avançada
- Obesidade
- Diabetes
- Hipertensão pré-existente
- Doenças renais ou hepáticas pré-existentes
Quais são os cuidados que ela e outras grávidas devem ter se estiverem em risco?
As pacientes devem conhecer os fatores de risco para a pré-eclâmpsia, os principais sintomas associados à condição médica, ficarem atentas ao ganho de peso excessivo (mais de 1 kg na semana), usar adequadamente as medicações e orientações do pré-natal.
Como a pré-eclâmpsia pode impactar a saúde da mãe e do bebê a curto e longo prazo?
Além de potencialmente letal, a pré-eclâmpsia pode deixar sequelas definitivas decorrentes das complicações do seu estado como AVC, infarto do miocárdio, insuficiência renal entre outros. Para o feto, além da prematuridade, pode ocorrer restrição de crescimento fetal e diminuição da oxigenação fetal.
Quais são as opções de tratamento para uma gestante diagnosticada com pré-eclâmpsia?
- Monitoramento / controle da pressão arterial, da proteinúria, dos componentes sanguíneos e dos sintomas.
- Repouso em decúbito lateral esquerdo
- Uso de medicamentos para controlar a pressão arterial
- Indução do parto, se necessário
É necessário interromper a gestação devido à pré-eclâmpsia? Esse é um procedimento comum em casos graves?
O tratamento da pré-eclâmpsia se dá com o parto, portanto diante de situações mais graves com a mãe ou com o feto, a antecipação do parto pode ser necessária.Nos casos de melhor prognóstico a gestação deve ser interrompida por volta da 37 semana de gestação.
Quais são as complicações mais sérias da pré-eclâmpsia que podem ocorrer, tanto para a mãe quanto para o bebê?
Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode levar a complicações graves, como eclâmpsia (convulsões), AVC, insuficiência renal e insuficiência hepática. Para o feto pode levar ao aumento da prematuridade, diminuição do crescimento fetal e até morte fetal.
É possível prevenir a pré-eclâmpsia? Quais medidas podem ser tomadas para diminuir os riscos?
Para as pacientes com risco aumentado de desenvolver pré-eclâmpsia está preconizado visitas mais frequentes ao pré-natal para observar sinais e sintomas, assim como, a introdução do AAS e suplementação do cálcio.
Como os médicos acompanham uma gestante com pré-eclâmpsia? Quais exames são fundamentais nesse acompanhamento?
O acompanhamento em pré-natal de alto risco com consultas mais frequentes para controle da pressão e realização de exames para avaliar a função renal, do comprometimento hepático, das plaquetas , do grau de hemólise, da perda de proteínas na urina como também avaliação do crescimento e oxigenação fetal.
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