"Aumentar os juros agora é tudo o que o Banco Central nao quer e que o governo brasileiro nao precisa", afirmou Sena, nao admitindo nem mesmo alteraçao no viés. "Num país maduro, como os Estados Unidos, o anúncio de um viés de alta já provoca um estrago danado", disse, referindo-se à queda no índice Dow Jones e em outros mercados. "Para uma economia com um grau de incerteza, como a do Brasil, o único efeito prático de um viés de alta seria espalhar o terror."
De acordo com Sena, nao há possibilidade de alteraçao da taxa Selic por uma série de fatores: o prêmio de risco do País aumentou relativamente a seus concorrentes (Argentina e México), as taxas de juros de longo prazo estao mais altas no momento do que na última reuniao do Copom e o nível da taxa de câmbio está mais alto do que o esperado.
"A situaçao recomenda prudência", disse Sena, que nao arriscou uma previsao para o patamar da taxa Selic até o final deste ano. "O grau de incerteza aumentou. É preciso acompanhar a economia passo a passo", ponderou. Segundo ele, só quando solucionar o "dispêndio público" o governo terá um ajuste efetivo e bom para a situaçao econômica.
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