Sabesp diz que até março iniciará obras da rede de abastecimento na comunidade em Rio Grande
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Cerca de 80 famílias que moram no Jardim Nakamura, também conhecido como Buraco do Sapo, em Rio Grande da Serra, vivem sem água, esgoto e energia, reportagem do Diário de novembro de 2024 apontava os problemas e relatava o drama vivido pelas pessoas, Questionada novamente, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informou agora, pela primeira vez, uma data para o início da implantação da rede de saneamento. A empresa diz que em março deste ano concluirá os levantamentos e projetos necessários para a instalação da infraestrutura e dará início às obras.
A Sabesp destacou ainda que “as lideranças locais estão acompanhando de perto o processo e sendo constantemente atualizadas sobre seu progresso”.
Em outra frente, a Enel, que chegou a iniciar as obras de implantação de energia elétrica no local no fim de novembro, conforme havia prometido, abandonou as obras, de acordo com o pintor Carlos Santos da Silva, 30 anos, morador da comunidade e integrante do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) de Rio Grande da Serra.
O marceneiro Jasio Pereira Nascimento, 42, morador da Rua Adão Garcia desde 2016, conta sobre os problemas ocasionados pela paralisação da obra. “Tem um emaranhado de fios na rua, onde tem muita criança circulando. Também é uma escuridão total na rua”, relata Nascimento.
Procurada pelo Diário, a Enel não se posicionou até o fechamento desta matéria.
MANIFESTAÇÃO
Carlos Santos da Silva afirma que a comunidade está sem respostas em relação ao processo da regularização urbana da comunidade. Para obter respostas, moradores e integrantes do MBL fizeram uma manifestação na Prefeitura de Rio Grande da Serra no dia 16 de janeiro. “Ocupamos para fazer uma pressão popular porque eles se recusam a dar informações e não explicam os próximos passos”, disse.
“Ficou pendente um estudo urbanístico da comunidade, algo que falta para continuar a regularização e foi paralisado durante o período eleitoral, quando não podem fazer contratações. Agora que passaram as eleições, queremos uma resposta da Prefeitura”, diz Silva.
Ivone Gomes da Silva Fernandes, 51, que mora desde 2008 na Rua Adão Garcia, onde tem um comércio, também esteve presente no protesto. “Fizemos uma manifestação pacífica para ver se a nova gestão olha para a gente. Entendemos que a nova gestão não teve como estar a par de tudo, mas precisamos regularizar nossas casas, o que estamos tentando desde 2016, para poder ter a escritura, pagar o IPTU”, enfatiza Ivone.
O secretário adjunto da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Flavio Nakaoka, afirmou ao Diário que as reivindicações dos integrantes do MBL foram ouvidas e que será dada continuidade ao programa de regularização fundiária.
“O secretário Marcelo Marcondes atenderá a comissão formada por cinco integrantes do movimento no dia 5 de fevereiro, às 14h, no Paço Municipal. A SVMA (Secretaria do Verde e Meio Ambiente) esclarece também que está agendado uma reunião com a Sabesp, a Enel e com o governo do Estado para coletar informações do Programa Cidade Legal, pois o processo de regularização depende desta parceria”, declarou.
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