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A declaração do prefeito de Santo André, Gilvan Junior (PSDB), ao podcast Política em Cena, do Diário, de que vai abrir mão da candidatura à presidência do Consórcio Intermunicipal em favor da regionalidade, marca um novo momento na política no Grande ABC. Ao priorizar o consenso, o jovem chefe do Executivo andreense demonstra compreender que a colaboração supera interesses individuais, especialmente em uma localidade onde os desafios socioeconômicos exigem lideranças alinhadas. Essa atitude contrasta com episódios passados em que disputas de vaidades enfraqueceram a instituição, diluindo o poder de articulação que já foi um dos principais trunfos do colegiado.
Os novos gestores têm muito a ensinar aos antecessores, especialmente na disposição de colocar os interesses coletivos acima das ambições pessoais. Em outras épocas, os embates entre prefeitos resultaram na fragmentação de uma região que deveria atuar como um bloco coeso. Nesse contexto, o gesto de Gilvan resgata a importância de uma articulação integrada, capaz de fortalecer a interlocução com governos estadual e federal. Ao abdicar de sua candidatura à presidência, o andreense dá o primeiro passo para estimular ambiente mais harmonioso e cria condições para que o Consórcio volte a ser modelo de cooperação intermunicipal – agora só falta reabilitar São Caetano, que segue fora.
Há muito a se fazer ainda, mas o caminho está dado. A construção de um futuro promissor para o Grande ABC passa por atitudes que privilegiem a união das cidades em torno de objetivos comuns. O gesto de desprendimento de Gilvan Junior é um exemplo de que a região pode superar divisões históricas e reconstruir sua capacidade de influência. Com lideranças engajadas em projetos que beneficiem o conjunto dos municípios, o Consórcio pode recuperar seu protagonismo como ferramenta essencial para o desenvolvimento regional. A maturidade demonstrada nesse episódio específico é um passo significativo para que as sete cidades voltem a agir como o bloco integrado que é.
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