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Bush mobiliza militares e retirada de sobreviventes continua difícil
Da AFP
03/09/2005 | 16:39
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O presidente George W. Bush recorreu aos militares para a realização de operações de resgate neste sábado, seis dias depois da passagem do furacão Katrina pelo sul dos Estados Unidos, onde a remoção dos habitantes de Nova Orleans, inundada, continua difícil.

"A situação melhora de hora em hora. A grandiosidade da tragédia exige a intensificação de meios e recursos", declarou Bush falando em seu tradicional programa de rádio semanal, transmitido neste sábado dos jardins da Casa Branca, quando anunciou o envio de mais de 7 mil militares para o sul do país, principalmente pára-quedistas e fuzileiros navais.

Esta mobilização deverá ocorrer em 24 ou 72 horas, informou o presidente, acompanhado do secretário de Defesa Donald Rumsfeld, do secretário de Segurança interior Michael Chertoff e do chefe do Estado-Maior interarmas, o general Richard Myers.

O comandante da Guarda Nacional americana Steven Blum informou neste sábado que mais 10 mil efetivos serão deslocados para a Louisiana e o Mississippi na próxima semana, elevando o total de tropas na região atingida pelo furacão Katrina a 40 mil homens.

Os efetivos extras também se somam aos sete mil em serviço ativo que o presidente George W. Bush decidiu enviar nesta sexta-feira à zona do Golfo do México atingida pelo furacão.

Blum afirmou que já há 27 mil homens da Guarda Nacional em Louisiana e no Mississippi neste sábado pela manhã, sendo que sete mil estão em Nova Orleans para ajudar à força policial local.

Ajuda – O chefe da Fema (Agência Federal para a Gestão de Emergências), Michael Brown, informou neste sábado que as equipes de resgate em Louisiana improvisaram um necrotério e começaram a agrupar e identificar as vítimas deixadas pela passagem do furacão Katrina.

Vários funcionários locais afirmaram temer que a catástrofe que atingiu a região tenha deixado cerca de dez mil mortos, no entanto as autoridades americanas não proporcionaram ainda cifras oficiais da quantidade de mortos, afirmando que estão concentrados em resgatar e evacuar os sobreviventes.

Neste sábado efetivos da Guarda Nacional removiam corpos e retiravam centenas de pessoas que se encontravam em péssimas condições de sobrevivência no centro de convenções de Nova Orleans, convertido num campo de refugiados.

Os refugiados, cansados e traumatizados, faziam fila esperando para subir num dos muitos ônibus que os levaria para fora da cidade.

"Estas pessoas precisam sair daqui o quanto antes possível", afirmou o tenente-general Mark Lumpkin. "Tentamos reunir tantos ônibus quanto o possível para que estas pessoas não tenham que ficar debaixo do sol".

Lumpkin acrescentou que é pouco provável que todos os sobreviventes sejam retirados ainda este sábado, apesar da determinação de fazê-lo com a maioria de pessoas possível.

A Guarda Nacional chegou na sexta-feira à caótica cidade com milhares de efetivos e um grande comboio militar levando água e alimentos para apenas 20 mil refugiados.

Os sobreviventes foram informados de pelo menos 14 mortes no centro de convenções devido às péssimas condições de higiene e falta de alimentos.

A Cruz Vermelha lançou neste sábado um site e um número telefone de emergência para facilitar a busca de parentes e amigos desaparecidos.



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