Um grupo de 18 detidos na Operação Xeque-Mate, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular a máfia dos caça-níqueis, foi libertado nesta quarta-feira pela Justiça Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Outros 20 suspeitos devem ser soltos ainda nesta noite.

Entre os beneficiados, estão 11 acusados que estavam detidos no Presídio Federal de Campo Grande e sete advogados presos no prédio do Comando Geral do Corpo de Bombeiros. Dario Morelli Filho, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está entre eles.

Do total de 80 suspeitos presos na Operação, apenas nove tiveram a prisão preventiva prorrogada na noite de terça-feira. O empresário Nilton Servo, suspeito de comandar a máfia, é um dos acusados que deve permanecer mais tempo na prisão.

Ao justificar a prisão preventiva dos nove investigados, o juiz Dalton Igor Kita Conrado, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, afirmou que conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal revelaram indícios de que os investigados "teriam se associado, de forma estável e permanente, visando à exploração das máquinas caça-níqueis".

Ainda segundo o juiz, há "provas suficientes da existência de crimes de contrabando, quadrilha ou bando e de corrupção ativa e passiva".