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Polícia ugandense busca outros grupos da seita apocalíptica
Do Diário do Grande ABC
25/03/2000 | 16:03
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A polícia ugandense está em busca de outros ramos da seita da Restauraçao dos Dez Mandamentos de Deus, um dia depois de ter descoberto 153 cadáveres em um local situado a 45 km de Kanungu (Sudoeste), onde pelo menos 330 fiéis morreram queimados no último dia 17.

``Procuramos todos os ramos, achamos que há cinco ou seis', declarou o ministro do Interior, Edward Rugumayo. As investigaçoes se realizam nas regioes Sudoeste e Centro do país. Ainda nao há informaçoes em Kampala sobre os resultados dessas investigaçoes, devido a problemas de comunicaçao com as equipes nas regioes.

Nesta sexta, 153 cadáveres, entre eles de 59 menores, foram descobertos em três fossas coletivas cavadas sob um edifício da seita em Kalingo.

As vítimas, principalmente mulheres, tinham sido estranguladas ou esfaqueadas, segundo a polícia. Alguns cadáveres ainda tinham uma corda em torno do pescoço. A polícia também nao descarta a hipótese de casos de envenenamento.

A maior parte das mortes remonta a quatro e seis semanas, informou à AFP o porta-voz da polícia, Asuman Mugenyi. ``Ainda há sangue em alguns cadáveres', declarou. Os corpos foram exumados ontem por detentos e enterrados de novo em uma fossa coletiva, após examinados pelos médicos legistas. ``Nao sabemos se foram mortos em grupo ou um por um', adiantou o porta-voz.

Kalingo era um centro de trânsito para os fiéis que se dirigiam ao quartel general da seita em Kanungu, assinalou por sua parte o jornal governamental New Vision. No último dia 18, um dia depois do incêndio de Kanungu, alguém voltou ao local de Kalingo e o incendiou, precisou Mugenyi.

A polícia anunciou nesta sexta que agora considera as mortes de Kanungu como um assassinato coletivo e nao como um suicídio, levando em conta que os fiéis poderiam nao saber o que ia acontecer quando entraram na igreja, cujas portas e janelas foram trancadas do lado de fora.

A polícia ignora se o dirigente da seita, Joseph Kibwetere, continua vivo ou se morreu no incêndio. Um adolescente afirma tê-lo visto sair de Kanungu em companhia de outro dirigente na noite de 16 de março.




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