O anúncio da construção de uma terceira pista na Rodovia dos Imigrantes, conectando o Grande ABC ao Litoral paulista, representa um avanço significativo para a infraestrutura de São Paulo. Com 21,5 quilômetros de extensão, predominantemente em túneis e viadutos, a nova via promete aumentar em 25% a capacidade do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes), atendendo especialmente ao transporte de cargas pesadas. Essa iniciativa é fundamental para aliviar o tráfego intenso, que se tornou lugar-comum nos últimos anos, melhorar a logística estadual e impulsionar o desenvolvimento econômico, especialmente considerando o crescimento do Porto de Santos, o maior da América Latina.
No entanto, é imperativo que essa obra seja concluída dentro do prazo estabelecido, até 2031, evitando os recorrentes atrasos que historicamente afetam projetos viários no Estado – o Rodoanel Mário Covas, para ficar no exemplo mais conhecido, segue inconcluso 22 anos depois de inaugurar seu primeiro trecho, o Oeste, em 11 de outubro de 2002. A fiscalização rigorosa do cronograma por parte das autoridades competentes deve ser acompanhada pela participação ativa da sociedade civil, garantindo transparência e eficiência na execução. A experiência demonstra que a ausência de controle social e institucional pode resultar em prolongamentos onerosos e ineficácia das soluções propostas.
Portanto, além de reconhecer a importância da nova pista para a melhoria da mobilidade e da economia regional, é essencial que todos os envolvidos – governo, iniciativa privada e cidadãos – mantenham-se vigilantes. Cobrando o maior valor nominal de pedágio no Brasil, de R$ 36,80 na Anchieta e Imigrantes, a Ecovias, concessionária que administra o complexo viário e será responsável pelo projeto, tem a obrigação moral de cumprir o prazo com precisão. Todavia, somente com acompanhamento constante e cobrança efetiva será possível assegurar que a obra seja entregue conforme o cronograma, beneficiando a população e evitando os prejuízos decorrentes de eventuais adiamentos.
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