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Governador em exercício admite possibilidade de Cross regional
Wilson Guardia
08/01/2025 | 13:53
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FOTO: Celso Luiz

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Felicio Ramuth (PSD), governador em exercício, admitiu ontem a possibilidade de o Estado criar uma Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) regionalizada, com recorte para o Grande ABC. “É um caminho interessante” para aproveitar “melhor as estruturas existentes”, declarou, em resposta à pergunta do Diário. Em agendas na região, primeiro em São Bernardo e depois em Diadema, Ramuth garantiu dois AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), um já em construção e outro em projeto de implementação.

“É um caminho interessante. Existe a possibilidade de, ao longo dos próximos anos, dar atenção especial (à reivindicação). Esse é um pleito do conjunto das cidades e vamos estudar com carinho”, explicou o governador em exercício. Ramuth lembrou, no entanto, que o processo de regionalização depende da criação de um DRS (Departamento Regional de Saúde), uma vez que as sete cidades estão inseridas na subdivisão da Grande São Paulo com outros 32 municípios, entre os quais a Capital. Em linhas gerais, para a criação de uma Cross local, o Grande ABC deverá ser oficializado como região administrativa. “Uma Cross regional (pressupõe) sempre respeito às filas e transparência para o melhor atendimento aos pacientes”, frisou.

As declarações foram dadas ontem à tarde, durante visita de Ramuth à sede da Rede Lucy Montoro, equipamento estadual voltado ao serviço de reabilitação motora, instalada no Centro de Especialidades Médicas no Quarteirão da Saúde, em Diadema. Na ocasião, foi apresentado o dispositivo robótico LokomatPro Sensation, equipamento de alta tecnologia para pessoas com limitações para caminhar utilizado na reabilitação de pacientes atendidos na instituição. O custo do robô é de R$ 3,8 milhões.

O Diário trouxe, na edição de ontem, reportagem sobre a regionalização da Cross. Na ocasião, o presidente da Câmara de Mauá, Junior Getúlio (PT), apontava problemas com a regulação de vagas na rede pública estadual, o que gera transtornos e prejuízos às sete cidades.

Eleuses Paiva, secretário estadual de Saúde, afirmou que ampliar parcerias é fundamental, mas não funcionaria sem a reorganização dos serviços. “Uma discussão antiga é sobre o que cada um (Estado e municípios) faz e de que forma faz. Às vezes fazemos muitas coisas e deixamos de fazer muitas outras. É preciso deixar bem claro o que é de competência do Estado e o que é de competência da cidade, para que haja equilíbrio na oferta de serviços.”

Taka Yamauchi (MDB), prefeito de Diadema, cobrou do Estado mais “investimentos em especialidades e exames. É preciso um olhar mais direcionado”, declarou o chefe do Executivo diademense, ao afirmar que o diálogo se deu de maneira geral, “nada específico”.

Ramuth lembrou que questões da Saúde não podem ser pensadas com o “olhar em ilhas”, frisando a importância de ações regionalizadas para “ampliar atendimentos” e contribuir com “o custeio de equipamentos”.

Sem dar detalhes, o governador em exercício afirmou que o Estado prepara em conjunto com Diadema um projeto para 400 unidades habitacionais.

Mais cedo, em São Bernardo, em vistoria às obras do BRT-ABC – modal de transporte sobre rodas em corredor exclusivo que ligará a região à Capital –, Ramuth anunciou recursos para a Saúde, em especial para as AMEs.tuição.




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