Região terá cinco nomes novos no comando das Prefeituras; apenas Guto Volpi e Marcelo Oliveira continuam por mais quatro anos no cargo
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Os prefeitos eleitos e reeleitos do Grande ABC tomam posse hoje, marcando o início de um novo ciclo para a região. Cinco nomes são novos e dois foram reconduzidos ao cargo, chegando com promessas de continuidade e ampliação do que deu certo na gestão interior ou de melhoria daquilo que não funcionou.
Gilvan Junior (PSDB) assume a Prefeitura de Santo André sucedendo Paulo Serra (PSDB), cujo governo terminou com aprovação de 80% da população. Com a promessa de dar continuidade aos avanços conquistados e implementar soluções inovadoras e tecnológicas para as demandas da cidade, o tucano reforçou seu compromisso com a estabilidade administrativa ao manter ao menos 21 secretários da gestão anterior nas mesmas Pastas ou realocados em outras áreas.
Tite Campanella (PL) está tranquilo com o que vai encontrar em São Caetano, principalmente porque, além de conhecer muito bem a Prefeitura, já que ocupou o Palácio da Cerâmica em caráter interino durante um ano, grande parte de seu secretariado integrou a gestão de José Auricchio Júnior (PSD). Apesar da opção de manter parte do primeiro escalão, Tite deixa claro que seu governo não será de continuidade, ao destacar que terá “personalidade própria”.
Marcelo Lima (Podemos) vai assumir São Bernardo, uma cidade que também conhece bem, tendo em vista que foi vice-prefeito e secretário na gestão de Orlando Morando (sem partido), além de vereador. Apesar do apoio do ex-prefeito no segundo turno, o podemista montou um novo time de secretários pautado na experiência e, como não poderia deixar de ser, na política, tendo em vista que levou três vereadores para o primeiro escalão.
Lima já descartou fazer um governo de continuidade, mas vai aproveitar e ampliar programas que ajudou a implementar. Como primeira ação de sua gestão, o prefeito abre hoje as portas do Hospital de Urgência, promessa de campanha.
A população de Diadema decidiu por renovação. Taka Yamauchi (MDB) assume hoje a cidade que é reduto histórico do PT com grande demanda em áreas prioritárias, como Saúde, Segurança e Mobilidade, e uma dívida de R$ 1,2 bilhão apenas com o Ipred (Instituto de Previdência do Servidor Municipal), a qual pode inviabilizar ações de seu plano de governo.
O emedebista se cercou, em seu primeiro escalão, de políticos que conhecem a cidade e técnicos com quem trabalhou na SPObras (Secretaria de Infraestrutura e Obras de São Paulo). Taka se comprometeu a fazer um governo com base no respeito e na ética, devolvendo “a dignidade aos diademenses”.
Akira Auriani (PSB) tem como principal desafio em Rio Grande da Serra o baixo orçamento (previsão de R$ 177 milhões neste ano) para dar conta das grandes demandas do município. Para fazer frente aos problemas financeiros que deve encontrar, o pessebista já prevê cortes no governo. A vice, Vilma Marcelino (PSDB), é figura constante nas agendas e, assim como Akira, já ‘arregaçou as mangas’ em busca de recursos, bem como parcerias, para melhorar a qualidade de vida dos rio-grandenses.
Por sua vez, Guto Volpi (PL) e Marcelo Oliveira (PT) vão continuar por mais quatro anos à frente de Ribeirão Pires e Mauá, respectivamente. O petista tem uma responsabilidade a mais neste mandato: comandar a única cidade conquistada por seu partido na Região Metropolitana de São Paulo e uma das quatro sob gestão do PT no Estado.
Guto Volpi chegou ao fim de seu primeiro mandato com a maior aprovação popular desde que assumiu o Executivo, em janeiro de 2023, ao vencer eleição suplementar realizada após a cassação do mandato de seu pai, Clovis Volpi. Seis a cada dez moradores da cidade avalizam sua gestão. Com Ribeirão Pires fluindo “mais facilmente devido ao fato de estar muito bem-encaminhada”, o liberal prevê que o grande obstáculo que terá pela frente será o clima.
Marcelo Oliveira está otimista com o futuro da cidade. Segundo o petista, após pegar uma cidade arrasada, agora Mauá está mais organizada, com bases sólidas e novos alicerces para crescer. O prefeito projeta grandes conquistas para os próximos quatro anos, dentre as quais a entrega do Ginásio do Jardim Zaíra e da Nova Estação. Também pretende dar início a um amplo projeto de modernização da mobilidade urbana de Mauá, o qual inclui um viaduto entre as avenidas Barão de Mauá e a Presidente Castelo Branco, vias que concentram grande fluxo de veículos.
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