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Pilotos da região têm saldo positivo
Eduardo Merli
Enviado a Fortaleza
03/08/2002 | 21:35
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Pilotos e navegadores do Grande ABC avaliaram como positiva as suas participações no Rali Internacional dos Sertões, a maior competição off road da América Latina, que foi encerrada sexta-feira em Fortaleza depois de passar por cinco Estados brasileiros e mais de 4.200 Km. Apesar de todas as dificuldades, dos quatro carros, um quadriciclo e oito motos guiados por pilotos nascidos no Grande ABC, apenas um carro e o quadriciclo não chegaram ao destino final.

Entre os heróis das motos, Vergílio di Paolo, de Ribeirão Pires, foi um dos destaques. Ele foi um dos quatro motociclistas que completaram todas as etapas do Rali de ponta a ponta e, de quebra, levou a terceira colocação na categoria Marathon (18ª posição da classificação geral). “Foi muito duro continuar a prova, principalmente depois que bati a 110 Km/h contra um barranco no meio da sétima etapa (Xique-Xique/Floriano). Quebrei uma costela, machuquei o ombro, mas cheguei, e isso é uma vitória para mim”, disse.

Outros pilotos que chegaram em Fortaleza sem uma quebra ou parada foram: Bráulio Neto, de São Bernardo, Adalberto Gerez, de Santo André e Leandro Bordin, de Mauá. “Fazer todas as provas dá uma sensação de dever cumprido. Agradeço a força que a minha família e a minha esposa me deram”, disse Gerez, que não deve participar dos Sertões no ano que vem. “A dificuldade financeira é muito grande. Economizei um ano para estar aqui, mas não sei se terei condições para fazer isso novamente.” Bordin disse que o medo o acompanhou em várias etapas. “Quando uma moto dos nossos amigos que não chegava a seu destino, por quebra ou acidente, sentíamos medo de também não chegar”.

Os demais motociclistas da região a superarem os Sertões foram João Pereira, de Ribeirão Pires, Júlio Kawamura, de Mauá, José Maria Limonta, de São Bernardo e José Jaime Salgueiro, de Mauá. Mas a estes faltou superar algumas etapas. Kawamura sofreu um acidente no trecho entre Pirenópolis e Caldas Novas. Pereira e José Maria tiveram problemas mecânicos e não completaram a sétima etapa (Xique-Xique/Floriano) e José Jaime Limonta teve problemas em sua moto desde o início da competição. “Foi uma pena porque poderia até ser vice na minha categoria (Marathon). “Mas o negócio é me preparar para o ano que vem”, disse José Maria Limonta.

Luiz Carlos Novi Júnior, de Santo André, fazia boa prova, mas uma quebra na sétima etapa acabou com o seu sonho. “O guincho da organização pegou o veículo na metade da sétima etapa e não conseguiu trazê-lo para que eu disputasse a etapa seguinte. Fiquei três dias sem correr porque não achava o meu quadriciclo. Fiquei decepcionado porque poderia consertá-lo e terminar a prova”, disse o piloto que até a quebra disputava a vice-liderança nos quadriciclos com Maurício Ramos.

Dos quatro carros do Grande ABC, três completaram o percurso total, mas sem terminar algumas etapas. A dupla Valério Valente, de Ribeirão Pires, e Wolfgang Wondrac, de Santo André, ficou na sexta posição na categoria Super Production Gasolina e 44º na Geral. “Enfrentamos problemas mecânicos durante todo o Rali, mas chegamos em Fortaleza. Agora é repensar em algumas coisas para o ano que vem”, disse Wondrac.

Nicolai Uzzun, foi o nono na categoria Production Diesel e 51º na geral. Bruno Valente, de Ribeirão Pires, e Igor Machado, também de Ribeirão Pires, foram desclassificados e, Amable Barraza, de São Bernardo, e José Papacena, abandonaram a competição na quarta etapa (Diamantina-MG/Janaúba-MG), após um capotamento que resultou ocasionou um incêndio e a destruição total do carro que usavam.




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