Entre os heróis das motos, Vergílio di Paolo, de Ribeirão Pires, foi um dos destaques. Ele foi um dos quatro motociclistas que completaram todas as etapas do Rali de ponta a ponta e, de quebra, levou a terceira colocação na categoria Marathon (18ª posição da classificação geral). “Foi muito duro continuar a prova, principalmente depois que bati a 110 Km/h contra um barranco no meio da sétima etapa (Xique-Xique/Floriano). Quebrei uma costela, machuquei o ombro, mas cheguei, e isso é uma vitória para mim”, disse.
Outros pilotos que chegaram em Fortaleza sem uma quebra ou parada foram: Bráulio Neto, de São Bernardo, Adalberto Gerez, de Santo André e Leandro Bordin, de Mauá. “Fazer todas as provas dá uma sensação de dever cumprido. Agradeço a força que a minha família e a minha esposa me deram”, disse Gerez, que não deve participar dos Sertões no ano que vem. “A dificuldade financeira é muito grande. Economizei um ano para estar aqui, mas não sei se terei condições para fazer isso novamente.” Bordin disse que o medo o acompanhou em várias etapas. “Quando uma moto dos nossos amigos que não chegava a seu destino, por quebra ou acidente, sentíamos medo de também não chegar”.
Os demais motociclistas da região a superarem os Sertões foram João Pereira, de Ribeirão Pires, Júlio Kawamura, de Mauá, José Maria Limonta, de São Bernardo e José Jaime Salgueiro, de Mauá. Mas a estes faltou superar algumas etapas. Kawamura sofreu um acidente no trecho entre Pirenópolis e Caldas Novas. Pereira e José Maria tiveram problemas mecânicos e não completaram a sétima etapa (Xique-Xique/Floriano) e José Jaime Limonta teve problemas em sua moto desde o início da competição. “Foi uma pena porque poderia até ser vice na minha categoria (Marathon). “Mas o negócio é me preparar para o ano que vem”, disse José Maria Limonta.
Luiz Carlos Novi Júnior, de Santo André, fazia boa prova, mas uma quebra na sétima etapa acabou com o seu sonho. “O guincho da organização pegou o veículo na metade da sétima etapa e não conseguiu trazê-lo para que eu disputasse a etapa seguinte. Fiquei três dias sem correr porque não achava o meu quadriciclo. Fiquei decepcionado porque poderia consertá-lo e terminar a prova”, disse o piloto que até a quebra disputava a vice-liderança nos quadriciclos com Maurício Ramos.
Dos quatro carros do Grande ABC, três completaram o percurso total, mas sem terminar algumas etapas. A dupla Valério Valente, de Ribeirão Pires, e Wolfgang Wondrac, de Santo André, ficou na sexta posição na categoria Super Production Gasolina e 44º na Geral. “Enfrentamos problemas mecânicos durante todo o Rali, mas chegamos em Fortaleza. Agora é repensar em algumas coisas para o ano que vem”, disse Wondrac.
Nicolai Uzzun, foi o nono na categoria Production Diesel e 51º na geral. Bruno Valente, de Ribeirão Pires, e Igor Machado, também de Ribeirão Pires, foram desclassificados e, Amable Barraza, de São Bernardo, e José Papacena, abandonaram a competição na quarta etapa (Diamantina-MG/Janaúba-MG), após um capotamento que resultou ocasionou um incêndio e a destruição total do carro que usavam.
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