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Governo admite ao FMI elevar preço de combustíveis
Do Diário do Grande ABC
01/06/2000 | 19:00
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O governo brasileiro admitiu a possibilidade de um novo aumento nos preços dos combustíveis, no Memorando de Política Econômica, um dos documentos relativos à quinta revisao do acordo entre o país e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com o memorando, a obtençao do superávit previsto da conta petróleo este ano, de R$ 3,5 bilhoes, poderá depender de novos reajustes dos preços dos derivados de petróleo "a depender da evoluçao dos preços internacionais de petróleo e da taxa de câmbio", ressalta o texto. Os preços já foram aumentados em 7% em março de 2000.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Edward Amadeo, afirmou, porém, que nao há nenhuma definiçao em relaçao ao aumento do preço dos combustíveis no mercado interno. Ele reconheceu a dificuldade do governo em tomar qualquer decisao sobre o assunto pois, se a elevaçao dos preços dos combustíveis ajuda a atingir a meta fiscal, por outro lado ela poderá ter reflexos nos preços de outros produtos, dificultando o cumprimento das metas de inflaçao.

Amadeo ressaltou que a decisao dependerá de três variáveis: preço do petróleo no mercado internacional, taxa de câmbio e desempenho fiscal do governo. Ele confirmou que o governo enviará até o fim deste mês um projeto de emenda constitucional que criar uma contribuiçao sobre os produtos derivados de petróleo para substituir a Parcela de Preços Específica (PPE), conhecida como conta-petróleo, e que permitirá a liberalizaçao do mercado interno de derivados de petróleo.




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