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José Gerardo é preso no quartel da PM de Sao Luís
Do Diário do Grande ABC
28/11/1999 | 20:47
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O ex-deputado José Gerardo de Abreu (sem partido) desembarcou algemado em Sao Luís às 14h55 deste domingo, no vôo 282 da Vasp, fisicamente abatido e assustado com a presença no aeroporto de dezenas de populares que o chamaram de assassino. Gerardo foi conduzido a uma cela comum de 20 metros quadrados no comando-geral de Polícia Militar. No percurso do aeroporto ao quartel, 75 policiais fizeram a segurança do ex-deputado. Os advogados do ex-deputado do Maranhao, José Gerardo, entrarao, nesta segunda-feira, com três pedidos de habeas corpus a fim de evitar que ele fique preso por pelo menos 30 dias (prazo de prisao preventiva).

"Eu sou inocente", foi a única frase dita por Gerardo ao descer do aviao. Os advogados do ex-deputado disseram que irao entrar com um novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhao, que já negou dois pedidos anteriores. "Além disso, vamos pedir que seja feito um exame de lesoes corporais de rotina em nosso cliente", afirmou o advogado Pedro Jarbas.

"O ex-deputado ficará preso nesta cela à disposiçao da Justiça até o seu julgamento definitivo", disse o delegado Sidney Lemos, superintendente da Polícia Federal. "A possibilidade de suicídio já está praticamente descartada", completou o delegado. Segundo ele, há fortes indícios de que houve tentativa de armaçao. "Ele chegou um pouco dopado, mas o aspecto abatido do ex-deputado é mais jogo de cena." Gerardo tem depoimento marcado para as 8h desta segunda-feira no Fórum de Justiça do Maranhao, onde deverá ser inquirido sobre o seu suposto envolvimento com o crime organizado no estado.

O advogado Pedro Calmon informou que pedirá a transferência de foro para o julgamento de José Gerardo. Segundo ele, o julgamento em Sao Luís pode ser influenciado pelo ânimo da populaçao. A prisao de Gerardo foi comemorada com foguetes e palavras-de-ordem por dezenas de pessoas que foram recebê-lo no aeroporto. "O senhor é um assassino e agora vai pagar pelos seus crimes na cadeia", gritava Marília Mendonça, viúva do delegado Stênio Mendonça, assassinado há dois anos por integrantes do crime organizado.




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