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Diniz quer equipe para caso Barão de Mauá
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
26/03/2005 | 15:11
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A criação de comissão com engenheiro químico, geólogo, médico toxicologista e procurador ambiental foi anunciada pelo prefeito interino de Mauá, Diniz Lopes (PL), como meio de o poder público municipal contribuir na busca por soluções para o problema que envolve o condomínio Barão de Mauá. A área é contaminada por 44 substâncias tóxicas provenientes da decomposição de lixo industrial depositado de forma clandestina antes da construção dos prédios. O problema se arrasta desde agosto de 2001, quando a Secretaria Estadual do Meio Ambiente divulgou a contaminação.

Diniz discutirá com os vereadores a elaboração de projeto de lei para criar a comissão que terá aprovação da Câmara. "Vou discutir com os vereadores o que pensam do assunto. Vou explicar a situação. A nova equipe técnica pode ser uma saída, pois até hoje nunca foi feito nada pelos moradores", afirma o prefeito interino.

Em 11 de março, os moradores tiveram acesso à íntegra do laudo do Ministério da Saúde, pronto desde outubro de 2004, do qual consta a recomendação de desocupação de 1.024 dos 1.760 apartamentos do condomínio. O estudo apontou possíveis riscos aos moradores entre os quais toxicidade e risco de explosão por conta dos gases em formação no subsolo do terreno. Também alerta para a contaminação da água consumida pelos moradores que é armazenada em caixas d’água subterrâneas próximas ao depósito de lixo industrial sobre o qual o condomínio foi construído.

Diniz acredita que contará com o apoio dos vereadores na proposta que será apresentada na segunda-feira. Para ele, é preciso iniciar com urgência estudos para ajudar os moradores. O prefeito acredita que se houver consenso entre Executivo e Legislativo encaminhará "o mais rápido possível" o projeto de lei à Câmara. A Prefeitura também pretende fazer acompanhamento médico dos cinco mil moradores do condomínio por meio do Programa Saúde da Família.




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