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Homem de 5 mil anos é descongelado para análise genética
Do Diário do Grande ABC
25/09/2000 | 14:47
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O homem do gelo, ou ``Oetzi' (como foi batizado pelos italianos), descoberto em 1991 num glaciar dos Alpes na fronteira entre Itália e Austria, foi provisoriamente descongelado nesta segunda-feira, para a retirada de amostras de seus tecidos, anunciou Alex Susann, diretor do Museu Arqueológico de Bolzano (Norte da Itália). A múmia, que tem 5.300 anos, está conservada no museu italiano desde janeiro de 1998.

``Uma equipe de cientistas suíços, italianos e ingleses, dirigida pelo chefe do setor de patologia do hospital de Bolzano e um professor da Universidade austríaca de Innsbruck, retiraram amostras de tecido humano e fragmentos de dentes e ossos, além da flora intestinal do homem do gelo' precisou Alex Susann.

Durante três horas, os restos do ``pastor' da Idade do Bronze foram descongelados para que os cientistas pudessem retirar amostras de tecido. Os cientistas ainda nao divulgaram a data prevista para a divulgaçao dos resultados da análise.

O ``Oetzi', chamado assim por ter sido descoberto no vale de Oetz por alpinistas, também chamado de ``Hibernatus', é o corpo humano mais antigo e melhor conservado estudado até hoje pela Ciência.

O homem, que media 1,65 metros e pesava 40 kg, morreu de frio numa tempestade de neve, aos 45 anos.

O Museu Arqueológico de Bolzano foi especialmente remodelado para alojar a múmia, que se conserva a menos de 6 graus de temperatura dentro de uma sala refrigerada. Junto com os restos, foram congelados os objetos encontrados a seu lado. O Museu oferece ainda uma exposiçao de paleontologia sobre a regiao.

O corpo, descoberto em 1991, foi objeto de polêmica entre Itália e Austria, que o disputaram, já que foi encontrado perto da fronteira.

Conservado por seis anos na universidade austríaca de Innsbruck, a múmia foi devolvida à Itália em janeiro de 1998.




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