O projeto prevê a integraçao com outros 24 bancos do mundo, com cerca de 33 mil unidades coletadas. Isso permitirá maior oferta de células-tronco (da qual sao produzidas as outras células do sangue) para os pacientes com leucemia ou outras doenças que levem a uma menor produçao de células sangüíneas.
Estudos recentes mostram que, como a medula óssea, o sangue do cordao umbilical é rico em células diferenciadas, que podem repor o suprimento sangüíneo de um paciente e restabelecer o sistema imunológico depois de altas doses de radiaçao e quimioterapia. O primeiro transplante com sangue do cordao umbilical foi feito na França em 1989. O Hospital de Clínicas da UFPR já fez 15 intervençoes com essa mesma técnica, das quais cinco entre nao aparentados. A primeira foi em 1992.
De acordo com o chefe do serviço de transplante de medula óssea do HC, Ricardo Pasquini, a criaçao do banco e sua ligaçao com a rede internacional e outros centros que estao sendo implantados no Hemocentro de Ribeirao Preto (SP) e no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, ampliam as possibilidades de se encontrar um doador compatível. Além disso, dá-se um destino nobre a um produto que normalmente é desprezado nas salas de parto.
Para regulamentar a coleta, exames e materiais adequados à intervençao já foi implantado o Brasilcord, ligado ao Ministério da Saúde, do qual o HC faz parte. Segundo Pasquini, há necessidade de se fazer exames minuciosos no sangue, que depois é congelado e suas características ficam disponíveis na rede. O médico acredita que, após a conclusao das obras do Banco de Sangue de Curitiba, serao necessários mais dois anos para se ter um número ideal de unidades disponíveis.
De acordo com o HC, o custo dessa intervençao é menor e resulta em menos rejeiçao do que a do transplante de sangue de medula óssea ou do sangue periférico. No primeiro, o sangue é aspirado da medula de um doador e passa-se a célula tronco para o doente por meio de transfusao. No segundo caso, a célula-tronco é obtida no sangue periférico, que circula pelos braços e pernas. O transplante é indicado sobretudo para pacientes com leucemia aguda. A quimioterapia destrói células cancerígenas e também as nao doentes, que ficam sem condiçoes de produzir células normais.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.