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Crianças apostam nas tradições natalinas
Lays Bento
15/12/2024 | 08:04
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FOTO: Denis Maciel/DGABC


O Natal é bem mais do que ganhar presentes ou reunir a família em torno de uma mesa cheia de comida. Para muitas crianças, a festa começa antes. São vários os preparativos para a grande noite, como a confecção de enfeites, a produção de cartinhas para o Papai Noel, a doação de brinquedos aos necessitados e, inclusive, a elaboração de receitas típicas.

Uma das dicas para entrar no clima foi dada por Francisco Ferreira, 7 anos, do bairro Planalto, em São Bernardo. Para ele, a expectativa para a grande noite começa com a montagem da decoração de Natal. Em sua casa, um presépio (maquete que simula o nascimento do Menino Jesus) já foi montado. “Minha família é de Santo André, então minha vovó aproveitou para me contar também a história da Bíblia. A verdade é que tem bastante coisa para fazer antes de jogar futebol de botão com meus primos mais velhos no dia 25”, conta, ansioso, o minitorcedor do Botafogo, que vê nas jogadas do fim de ano uma oportunidade para realizar o sonho de ser técnico de futebol.

A exemplo dele, Davi Paulino, também com 7 anos, ama futebol. Nos preparativos para a data tão esperada, o morador do Jardim Las Vegas, em Santo André, apostou na confecção da própria caixa de correio ao Bom Velhinho, com papelão, tintas e fitas de tecido coloridas. “Ano passado, ganhei de presente um videogame Nintendo, mas este ano quero um Ukulele (instrumento musical típico do Havaí, como um violão em miniatura). Temos de tentar facilitar o serviço de entrega do Papai Noel”, ensina o garoto. 

Para Maitê Brito, 6 anos, que pretende ser pintora quando crescer, a arte nesta época do ano ganha espaço e brilha de uma forma ainda mais mágica. Ao som da tradicional música Jingle Bells, ela se inspirou para caprichar nas cartinhas e nos desenhos para o Papai Noel. “O Natal é minha data favorita do ano. Neste ano, fiz na escola uma bola com minha foto para enfeitar a árvore de pisca-pisca e, em breve, deveremos fazer a do meu irmão (Mateus, 7 meses). Estou vendo também com a mamãe e o papai pijamas para a gente usar na noite de Natal”, revela a são-bernardense.

A importância de ajudar ao próximo, principalmente nesta época, é destacada pelas amigas Alice Ferreira e Isabella Rocha, de 10 e 7 anos, respectivamente. “Há crianças que não conseguem ter apoio de uma família. Aprendi isso quando visitei um orfanato (abrigo para órfãos, sem pais ou responsáveis). Vi quartos com vários beliches e conheci amigos que contaram nunca ter comido bombom, por exemplo”, lembra Alice. 

A separação de roupas e brinquedos já começou no apartamento de Isabella. “A gente escolhe bem o que doar para quem não tem. Este ano acho que quero ganhar um hoverboard (skate elétrico) até para levar meus pedidos e de outras crianças diretamente ao Polo Norte. Seria uma boa ideia, porque ainda não consigo ficar acordada de madrugada para flagrar o Papai Noel entregando os presentes”, conta. 

Elisa Barbosa, 8 anos, também colocou as mãozinhas na massa para os preparativos de Natal. Natural do Interior do Macapá, no Norte do Brasil, ela está desde os 5 anos em Santo André, tratando-se de leucemia (câncer no sangue). Hospedada na Casa Ronald McDonald, juntamente com o pai, a menina tem se dedicado às receitas que dão o gostinho das festas do fim de ano. 

“Hoje aprendi panetone, que, para mim, é melhor que chocotone. É o que mais me lembra e gosto no Natal. Recordo muito quando fazia coxinha com minha mãe para vender. Brinco bastante de comidinha, quero ser cozinheira, mas acho que toda criança pode tentar alguma receita assim para se divertir no Natal”, incentiva.




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