Economia Titulo Potencial
Grande ABC forma o 2º ‘município’ mais industrializado do País

Estudo realizado pelo Dieese mostra que a região fica atrás apenas da Capital paulista

Nilton Valentim
12/12/2024 | 20:40
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FOTO: Adonis Guerra/SMABC


Se fosse um único município, o Grande ABC seria o segundo mais industrializado do País, atrás apenas da Capital paulista. É o que mostra o estudo Cidades Industriais Brasileiras: Emprego, renda e níveis de atividade no período 2002-2022, produzido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e Federação Estadual dos Metalúrgicos, que foi lançado nesta quinta-feira (12).

A região terminou 2022 com quase 190 mil trabalhadores, distribuídos por pouco menos de 7.000 fábricas, representando 23% do emprego formal local.

“O trabalho mostra o movimento oposto de dois períodos distintos: um de grande expansão da atividade e do emprego industrial entre 2002 e 2012, e outro de retração expressiva até 2021, afetando a maioria das principais cidades industriais brasileiras”, afirmou o coordenador da Subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luís Paulo Bresciani.

No Grande ABC, houve forte crescimento do emprego industrial (26%), do salário médio na indústria (15%) e do valor adicionado (28%) entre 2002 e 2012. No entanto, o período foi seguido de uma significativa regressão da atividade, característica da economia nacional até 2021, marcando o curso das chamadas regiões maduras da indústria brasileira. Entre 2012 e 2021, a indústria do Grande ABC perdeu 59,8 mil postos de trabalho, resultando, em 2021, em 183,7 mil trabalhadores.

“É fundamental estarmos atentos às transformações pelas quais o setor tem passado e aos impactos na vida dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges.

O Brasil ocupa a 14ª posição no ranking global de países mais industrializados, o setor representa 1,32% do valor total da produção industrial global e é responsável por 24% da arrecadação de impostos federais e dois terços dos investimentos empresariais em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, contribui diretamente com 11,3% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e gera 8,7 milhões de empregos diretos (15,4% do total).




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