Neste reencontro com você, prezado leitor, muitas novidades pós-férias
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Pujante a Memória do Grande ABC, com ótimas e/ou tristes notícias, porque Memória é vida e a vida é um misto de felicidade e infortúnios.
FESTA
Informa a educadora Elena Maria Rezende, a Eleninha, pesquisadora responsável pelas entrevistas e coleta de informações históricas sobre a constituição da Tamarutaca:
¦ Nesta sexta-feira, 13, lançamento do livro e vídeo obre a história da Tamarutaca, uma das maiores favelas de Santo André.
¦ Será no SESC Santo André, ao lado da lanchonete, a partir das 19h: rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar.
¦ Com uma atração a mais: a apresentação musical com grupo da Tamarutaca e Velha Guarda da Escola de Samba Vila Alice.
A construção da Memória da Tamarutaca envolve a sua gente, famílias de trabalhadores distribuídas em 1.266 domicílios, segundo o Sumário de Dados da Prefeitura de 2022.
O registro desta história vem sendo feito desde 2019, em oficinas, entrevistas e pesquisas em órgãos oficiais.
LINHA DO TEMPO
Anos 1970 – A Tamarutaca começa a ser formada com o nome de Sítio Casa Grande. Entre os primeiros moradores, muitos nordestinos.
1989 – Tem início o processo de urbanização da Tamarutaca.
2008 – Concluída a urbanização.
Apoio – MDDF (Movimento de Defesa dos Direitos de Moradores de Favelas de Santo André), fundado em 1987 com base na organização primeira, de 1977.
Referência – é preservada a primeira casa ocupada na área e que deu origem a toda a Tamarutaca.
Crédito da foto 1 – MDDF (divulgação)
GENTE. 12 de março de 2024, igreja Assembleia de Deus em Tamarutaca: a retomada de um projeto de Memória. Lição de casa: identificar os moradores fotografados
REGINA CÉLIA BARGMANN
(Santo André, 12-8-1960 – 22-11-2024)
O texto é de Daniel Doug, filho de Dona Regina, como era carinhosamente chamada. Jovial e participativa.
¦ Partiu a “Dona Regina”, locutora e costureira, 64 anos, minha mãe (Acervo 1967 do ECSA) e tia do Fernando Noé, presidente da torcida Esquadrão Andreense.
¦ Regina colaborava com materiais do “Acervo 1967”. Produzia toucas de lã retrô. Participou de projetos importantes como a restauração de duas bandeiras históricas dos anos 80 da TUDA.
¦ Costurou bandeiras e faixas para todas as atuais torcidas do Ramalhão, desde a lendária torcida Ramalhão Chopp, até a icônica bandeira do Comando Reggae da Fúria Andreense.
Regina Célia Bargmann, filha de Osmar Noé e Martha Costa Noé, mãe de Danilo e Daniel Andrade. Residia na Vila Guarani, em Santo André. Está sepultada no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Vila Curuçá.
Crédito da foto 2 – Álbum pessoal
REGINA ETERNA. Na costura, idealizava símbolos do Ramalhão; ao microfone, agitava as massas em defesa do clube do seu coração
EM PAUTA
Temas acumulados durante as férias da “Memória” e que serão abordados nas próximas edições:
¦ O 5º encontro dos memorialistas – A aula magna do professor João Amaral - A aula magna do professor Jorge Cintra – Hilda Breda conduz Wallace Simonsen ao palco – Um poema para os 80 anos da emancipação de São Bernardo – Celinha, vibra a poeta.
¦ São Caetano em Paranapiacaba - Elias Pereira da Silva, um guia-ferroviário sob a neblina do Alto da Serra – Um livro escrito a várias mãos.
¦ Uma crônica de Natal. Autor: Vanderlei Retondo.
¦ Grupo Escoteiro São Francisco de Assis, de São Caetano, prepara-se para comemorar 75 anos.
¦ Cavaleiros de Diadema e o monumento à Santa.
¦ Gepich (Grupo de Estudo e Pesquisa: Infância, Cultura e História): um espaço para a Educação.
¦ O reencontro dos jornalistas.
¦ Debaixo deste céu", uma exposição histórica.
¦ Estrela FC: Antonio Molina, o craque!
¦ De Gaulle em São Bernardo.
¦ Anistia para um ex-Diário.
¦ Os cem anos do EC Vila Monumento e o futebol vizinho ao Grande ABC.
¦ Os 350 anos da partida da Bandeira de Fernão Dias da Vila de São Paulo para Minas Gerais.
¦ O legado de Anna Gedankien: coragem, trabalho e fé.
¦ São Bernardo, não esqueça Odette Bellinghausen.
¦ Os Dalmolin, uma história a ser escrita.
¦ Pelos Caminhos da Folia de Reis, de Minas Gerais à Mauá.
¦ O cartão de Natal de Leila e João de Deus. Diferenciado. Até o carteiro é premiado. Diretamente da Vila Valparaíso.
¦ Ademir Piveta e dois palhaços símbolos de Santo André, Estremilique e Tontolino.
¦ Finais da I Copa Tulica de Futebol dos nascidos até 1959 (65 anos): quem será o campeão, Alvi-Negro ou Colorado?
¦ E a TV do Diário prepara o primeiro capítulo de uma aula de história e jornalismo. Não percam esta série tão nossa.
NOTA – Amigos da Memória. Como se observa, temos um dezembro recheado. Graças a vocês.
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Domingo, 11 de dezembro de 1994 – Edição 8881
MANCHETE – Região se engaja na campanha do Natal sem Fome. Movimento pretendia arrecadar duas mil cestas básicas para famílias carentes de Santo André.
DIREITOS HUMANOS – Arquivos do Deops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) revelam que movimento sindicalista era alvo principal de agentes.
O repórter Danilo Angrimani permaneceu dois dias no Arquivo do Estado, logo depois que os registros do Deops foram abertos à visitação pública.
A reportagem mostrava a existência de um milhão e meio de fichas, 150 mil prontuários e 14 mil dossiês de gente que foi fichada entre 1924 e 1984.
“As pastas sobre a mobilização sindical no Grande ABC são volumosas”, escrevia Danilo.
Um certo “Pescoço de Capuava” era taxado como perigoso comunista que agia na região nos anos 1960. O nome do cardeal dom Cláudio Hummes, ainda como bispo de Santo André, aparece em inúmeros processos.
NOTÍCIAS DE 1904
¦ Do correspondente da Estação Rio Grande (da Serra) em 5 de dezembro: “Devido às contínuas chuvas, as estradas desta localidade e de Ribeirão Pires acham-se intransitáveis. Confiamos na boa vontade do ilustre intendente municipal (hoje seria prefeito, Alfredo Luiz Flaquer) e estamos certos de que os reparos mais urgentes serão logo feitos”.
¦ O Brasil vivia uma de suas crises cíclicas, agora com a chamada “Revolta da Vacina”, contra a vacinação obrigatória empreendida pelo médico Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro. Houve mortes. Manifestantes foram degredados para o Acre. O senador Lauro Sodré foi preso. O presidente Rodrigues Alves decretou estado de sítio, que persistia naquele final de 1904.
NOTÍCIAS DE 1954
¦ O ABC era chamado por jornais como o “Estadão” de o maior centro operário do Brasil, depois da capital São Paulo. E com a sua influência, os prefeitos Fioravante Zampol, Lauro Gomes e Anacleto Campanella traziam grandes nomes para a região, entre eles o ministro do Trabalho, coronel Napoleão Alencastro Guimarães.
Em 17 de novembro, o ministro reunia-se com os prefeitos e prometia estudar a abertura de loteamentos em grandes glebas destinados aos trabalhadores.
¦ A Prefeitura de Santo André organizava “comandos sanitários” em bares, restaurantes e confeitarias diante das reclamações de falta de higiene dos estabelecimentos.
Nossa Senhora de Guadalupe
12 de dezembro
Padroeira principal da América Latina desde 1945. A Igreja ensina que no quinhentismo registrou-se a aparição de Nossa Senhora a Juan Diego, um índio asteca, iniciando-se ali a devolução à Guadalupe.
Duas Paróquias no Grande ABC são dedicadas à Nossa Senhora de Guadalupe: Jardim Riviera, em Santo André; Jardim das Orquídeas, na Grande Alvarenga, São Bernardo.
Também a capela do Golden Parque, da Paróquia Jesus de Nazaré, em São Bernardo, é dedicada à santa.
Ilustração: blog Scalabrinianos (divulgação)
Arte: Paulo César Nunes
----- Rodapé falecimentos -----
Santo André
Judith Bernardeli da Silva, 95. Natural de Novo Horizonte (SP). Residia no Parque Boa Esperança, em São Paulo, Capital. Dia 7, em Santo André. Memorial Jardim Santo André.
Maria Bibo Medugno, 93. Natural de Jaboticabal (SP). Residia no bairro Camilópolis, em Santo André. Dona de casa. Dia 9. Cemitério Sagrado Coração de Jesus, Camilópolis.
Odulia Fessel dos Santos, 91. Natural de Piracicaba (SP). Residia no Parque Oratório, em Santo André. Dia 7. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.
Roberto dos Santos, 70. Natural de Santo André. Residia na Vila Humaitá, em Santo André. Dia 9. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.
São Bernardo
Helena Arnaud Coppini, 97. Natural do Espírito Santo do Pinhal (SP). Residia no Centro de São Bernardo. Dia 7. Cemitério de Vila Euclides.
São Caetano
Irenir Apparecida Taqueti de Paulo, 88. Natural de São Paulo, Capital. Residia no bairro Campestre, em Santo André. Dia 7, em Santo André. Cemitério das Lágrimas.
Zilda Teixeira, 76. Natural de São Caetano. Residia no bairro São José, em São Caetano. Dia 9. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.
Diadema
Severina Luiza da Silva, 87. Natural da Lagoa Seca (Paraíba). Residia no Centro de Diadema. Dia 7. Cemitério Municipal de Diadema.
Jonas Bibiano da Silva, 86. Natural de Rio Largo (Alagoas). Residia na Vila Santa Maria, em Diadema. Dia 7. Vale da Paz.
Manuel Fernandes, 80. Residia no bairro Taboão. Dia 9. Cemitério Municipal de Diadema.
Mauá
Dirce de Mello Bastos, 77. Natural de Anhumas (SP). Residia no Parque das Américas, em Mauá. Pensionista. Dia 10, em Santo André. Cemitério Santa Lídia.
Ribeirão Pires
Jorgina Francisco Barbosa, 84. Natural do Espírito Santo do Pinhal (SP). Residia na Vila Bocaina, em Ribeirão Pires. Dia 8. Cemitério São José.
Jair Mariano, 72. Natural de Suzano (SP). Residia no Distrito de Ouro Fino, em Ribeirão Pires. Encarregado de serviços gerais da Prefeitura de Ribeirão Pires. Dia 4. Cemitério São José.
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