Sindicato dos Químicos convoca asembleia para quinta-feira; intenção é garantir direitos após a negociação das marcas Suvinil e Glasu!
A proposta de acordo coletivo de transição, costurada entre o Sindicato dos Químicos do ABC e a Basf, será apresentada aos trabalhadores da empresa na quinta-feira, em assembleia marcada para as 14h, na planta do bairro Demarchi, em São Bernardo. Na ocasião, a entidade detalhará os termos negociados entre as duas partes que abrangem a venda das fábricas que produzem as tintas Suvinil e Glasu!.
Desde que a indústria química anunciou a intenção de transacionar as duas marcas de tintas decorativas e as unidades em que elas são produzidas, no Grande ABC e em Jaboatão dos Guararapes (no Pernambuco), iniciou-se um processo de negociação entre as partes para a manutenção de direitos dos trabalhadores envolvidos.
Em outubro, uma greve chegou a ser marcada, mas foi cancelada em razão da disponibilidade da Basf em negociar a inclusão de garantias no acordo de venda das duas plantas.
A proposta que será apresentada aos trabalhadores abrange temas como estabilidade no emprego, manutenção de direitos e benefícios, segurança no trabalho, além de prosseguimento do diálogo contínuo e da transparência ao longo do período de mudanças.
Entre os principais pontos da proposta estão garantia de estabilidade por até 12 meses após a conclusão da venda e pacote de compensação em caso de demissão pela Basf ou pela empresa que venha a adquirir a planta de São Bernardo. Se houver cortes, os dispensados poderão receber um pacoto que pode variar entre 15% e 25% do salário por ano trabalhado (de acordo com o tempo de casa), mais assistência médica por seis meses.
Além disso, estão incluídos a manutenção de direitos e benefícios, como convênio médico e previdência privada, por 12 meses após a transição; continuidade de acordos recentes, como o de jornada de trabalho, renovados por 24 meses, com possibilidade de extensão por mais 24 meses, abrangendo turnos e horários administrativos, compromisso com normas internacionais de saúde e segurança e a criação de uma comissão específica para discutir o PPR (Programa de Participação nos Resultados) de 2025.
Também faz parte do domento o compromisso com a manutenção do adicional de periculosidade, garantindo avaliações de risco ocupacional realizadas com participação ativa dos trabalhadores e seus representantes.
“Esta proposta é inédita na história da Basf e das fábricas químicas, fruto da mobilização dos trabalhadores e do diálogo com a empresa. Nosso objetivo é garantir uma transição justa e responsável. É essencial que todos se sindicalizem para fortalecer a luta e assegurar o cumprimento do acordo pela nova gestão”, afirmou Fabio Lins, secretário de administração do sindicato dois químicos e trabalhador na Basf.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.