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Polícia do RJ faz megaoperação para capturar 2 traficantes
Do Diário OnLine
24/10/2003 | 19:30
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Cerca de 450 policiais civis do Rio de Janeiro promoveram nesta sexta-feira uma megaoperação de busca aos traficantes Paulo César dos Santos ('Linho') e Arlei Azevedo de Araújo ('Savoy'). Linho, líder da facção criminosa Terceiro Comando (TC), é um dos criminosos mais procurados do Estado. Membros do TC são apontados como responsáveis por uma emboscada promovida contra policiais militares no último domingo.

Os agentes ocuparam as favelas de Jorge Turco (Rocha Miranda), Muquiço (Deodoro) e Lagartixa (Costa Barros). Segundo o coordenador da operação, delegado Rodolfo Waldeck, os policiais apreenderam uma moto e dois carros roubados, dois aparelhos de telefone celular, dois rádios, duas jaquetas do Exército e drogas (30 quilos de maconha e porções de cocaína). Cláudio Pereira Barbosa, que tinha mandado de prisão por homicídio, foi preso. Linho e Savoy continuam foragidos.

A operação surgiu após a prisão do ex-policial militar Alexandre Lins Medeiros, apontado como o principal fornecedor de armas para os dois traficantes. Um verdadeiro arsenal foi apreendido na captura de Medeiros: pistolas, uma submetralhadora, uma escopeta e munição farta para armas de diversos calibres.

O ex-PM, detido na quinta-feira à tarde, deu pistas à polícia sobre os possíveis paradeiros de Linho, Savoy e do traficante Flávio Pereira da Silva ('Skol').

A mobilização dos cerca de 450 policiais de delegacias especializadas e distritais começou por volta das 3h30, na Academia de Polícia do Rio. Para evitar que a operação vazasse aos bandidos, os agentes foram obrigados a entregar rádios comunicadores e telefones celulares. Os equipamentos de comunicação só foram devolvidos depois que os agentes já estavam posicionados nas favelas.

O chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, explicou que o procedimento foi preventivo. Ele admitiu que o TC "investe muito em propina" e lembrou que um policial do Grupamento Especial Tático-Móvel (Getam) foi preso há 15 dias por trabalhar para o traficante Irapuan David Lopes ('Gangan'). "Não estamos livres de que haja uma maçã podre no nosso cesto", argumentou Lins.

A Secretaria de Segurança Pública informou, no final da tarde, que a megaoperação está cumprindo seus objetivos, pois está 'sufocando' o tráfico de drogas e armas. No meio da semana, o secretário Anthony Garotinho chegou a reunir os delegados para cobrar resultados no combate aos crimes do TC.

Com informações da Rádio CBN




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