O Grupo Schincariol divulgou nota neste domingo classificando como "injustas" e "desnecessárias" as prisões de dezenas de funcionários da empresa, entre eles diretores, durante a operação Cevada, da Polícia Federal. Segundo a nota — que será publicada na segunda-feira em jornais de grande circulação —, essas prisões "colocam em risco a própria sobrevivência da empresa, quer pela impossibilidade de ser administrada, quer pela impossibilidade de honrar seus compromissos com fornecedores, fisco e próprios empregados".

O grupo afirma que "nem sequer foi autuada pelo Fisco em decorrência da aludida operação, desconhecendo-se por completo quais as infrações fiscais/tributárias eventualmente imputadas".

De acordo com a Polícia Federal, os diretores presos são acusados de liderar um esquema de sonegação fiscal que tirava mais de R$ 600 milhões dos cofres da Receita por ano. As investigações começaram há cerca de dois anos e foram concentradas nas indústrias de cervejas e refrigerantes do grupo em Itu e Cachoeiras de Macacu (RJ).