Apesar do incremento no preço dos produtos, setor prevê aumento de 4,8% nas vendas em comparação a dezembro do ano passado
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O gasto com as comemorações de Natal e Ano Novo será 5,8% mais alto que no ano passado. A estimativa é da Apas (Associação Paulista de Supermercados). A entidade acompanha os preços de 65 produtos que compõem a cesta de fim de ano, incluindo opções que vão do churrasco ao tradicional bacalhau.
Segundo dados do IPS (Índice de Preços dos Supermercados), elaborado pela Apas em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), esse aumento é influenciado principalmente por fatores como alterações climáticas que afetam a oferta de produtos no mercado interno e externo, a desvalorização cambial do real frente ao dólar, que impacta diretamente os preços no mercado doméstico, e o crescimento das exportações de proteínas animais. Entre janeiro e outubro, o volume total de carne bovina exportada pelo País cresceu 29,4%. Caso as exportações de proteínas animais mantenham, no último bimestre, o ritmo observado nos dez primeiros meses do ano, 2024 poderá registrar um novo recorde.
Entre os índices de maior destaque da cesta de Natal estão as proteínas animais, o leite e seu derivados e o azeite, que apresentam aumentos significativos nos preços.
Apesar da alta nos preços, a Apas projeta elevação nas vendas durante o último mês do ano na casa de 4,8% em comparação com 2023. Esse desempenho deverá ser impulsionado, principalmente, pelo aquecimento do mercado de trabalho e pelo aumento da renda real da população.
No âmbito nacional, o total de pessoas ocupadas aumentou 3% no segundo trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, mantendo o ritmo de alta no 1º trimestre. A massa salarial – soma dos rendimentos da população ocupada no País – alcançou R$ 322,6 bilhões entre abril e junho deste ano, 9% acima do registrado no mesmo período de 2023, enquanto o rendimento médio, na mesma base de comparação, aumentou 5%.
O comportamento observado no âmbito nacional é amplamente reproduzido em São Paulo. Durante o segundo trimestre do ano, o total de pessoas ocupadas no Estado aumentou 3%, enquanto a massa salarial avançou 9% e o rendimento médio real cresceu 5%.
Com a redução da taxa de desemprego e o aumento do rendimento médio real, o endividamento das famílias tem diminuído gradualmente, apesar do ciclo de alta da Selic e de o Brasil deter uma das maiores taxas reais de juros do mundo. De acordo com dados do Banco Central, o endividamento das famílias com o SFN (Sistema Financeiro Nacional) em relação à renda acumulada dos últimos 12 meses diminuiu de 48,6% no acumulado de janeiro a agosto de 2023 para 47,75% no mesmo período de 2024.
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