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Petróleo fecha com novo recorde em Nova York
Da AFP
18/09/2007 | 18:33
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O petróleo bateu novo recorde de fechamento nesta terça-feira em Nova York, passando dos US$ 82 nas operações eletrônicas, após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de reduzir os juros em 0,5%, a 4,75%.

No Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril do "light sweet" para entrega em outubro subiu US$ 0,94, para terminar o pregão a US$ 81,51, um recorde de fechamento. Pouco depois, nas operações eletrônicas, a cotação chegou a US$ 82,38, um novo recorde histórico.

No Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte para entrega em outubro subiu US$ 0,61, terminando a US$ 77,59. A commodity subiu para US$ 78,60, ficando pouco abaixo de seu recorde histórico de 7 de agosto de 2006 (US$ 78,64).

Os mercados esperavam amplamente esta decisão do Fed para limitar o impacto da crise dos empréstimos imobiliários de alto risco ("subprime") sobre a economia e, portanto, sobre a demanda energética. Mas a intensidade da baixa era incerta.

"A resposta inicial do mercado (à decisão do Fed) foi claramente positiva, porque o Fed mostrou que vai ser agressivo diante dos sinais de desaquecimento econômico", explicou Eric Wittenauer, analista da AG Edwards.

Além desta decisão fortemente esperada, "vários outros elementos pressionam os preços", disse Wittenauer. O mercado está preocupado com o nível alarmante das reservas de petróleo do mundo e teme escassez de petróleo no quarto trimestre.

A decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de aumentar em 500 mil barris sua cota a partir de 1º de novembro não teve o efeito esperado pelo cartel, que pretendia assim acalmar a alta dos preços. O mercado recebeu com ceticismo este anúncio, considerando o aumento insuficiente e muito tardio em vista do estado das reservas de petróleo.

Neste contexto delicado, qualquer elemento pode jogar lenha na fogueira. Um estudo da Goldman Sachs publicado na segunda-feira parece ter contribuído para a escalada dos preços: os analistas do Banco revisaram sua previsão do preço do barril para o fim de 2007, a US$ 85, contra US$ 72 de antes, "com riscos significativos de picos acima dos US$ 90 o barril". Eles também divulgaram uma previsão de US$ 95 o barril para 2008.

Os preços também vêm sendo sustentados pela temporada de furacões no Atlântico que dura até novembro e pelo risco de um aumento das tensões geopolíticas.




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