Após cinco meses de alta, o emprego industrial registrou queda de 0,2% em outubro, em comparação com setembro. Os dados constam na pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira.

Apesar da queda, se comparado com o mesmo período do ano passado, houve avanço de 4,2%. No acumulado do ano, o crescimento é de 1,4%. Nos últimos 12 meses, a taxa acumula variação positiva de 0,9%. De acordo com o IBGE, o recuo não interfere na trajetória positiva do emprego, que está no maior nível desde março de 2001.

O número de contratações superou o de demissões em 12 dos 14 locais pesquisados, com o contingente de trabalhadores aumentando principalmente em São Paulo (4,7%) e Minas Gerais (6,6%). Na indústria paulista, os setores de máquinas e equipamentos (24,1%) e alimentos e bebidas (11,7%) responderam pelas maiores contribuições positivas entre os 12 ramos em que o número de pessoas ocupadas aumentou.

Por outro lado, as únicas pressões negativas no índice geral vieram das indústrias do Rio de Janeiro (-1,4%) e do Rio Grande do Sul (-0,4%), sobretudo pelo impacto do ramo de alimentos e bebidas (-16,2%) e de calçados e couros (-6,5%).

Em nível nacional, 12 atividades expandiram o número de pessoas ocupadas. As principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (5,5%), máquinas e equipamentos (14,2%) e meios de transporte (13,7%), e os principais impactos negativos foram: produtos de metal (-4,2%) e vestuário (-1,7%).

Renda - Apesar do otimismo no número de postos de trabalho, a pesquisa aponta que a renda do trabalhador recuou 0,9% em outubro, na comparação com setembro, quando houve aumento de 0,3% em relação a agosto.

Horas pagas - O número de horas pagas aos trabalhadores na indústria também recuou 1,3% em outubro, na comparação com setembro. De acordo com o IBGE, desse índice já é descontado o efeito sazonal. Os demais indicadores mostram crescimento: 2,8% em relação a outubro de 2003; 1,6% no acumulado no ano e 1,0% nos últimos doze meses. A jornada média de trabalho também caiu 1,3% no indicador mensal.