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Uma paladina. Uma guerreira. Amou Paranapiacaba. Foi à luta. Deu ânimo novo à vila ferroviária.

Anna Gedankien (Niterói, RJ, 9-8-1929 – São Paulo, 19-11-2024)

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
26/11/2024 | 08:00
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Anna Gedankien (Niterói, RJ, 9-8-1929 – São Paulo, 19-11-2024)

Ana Gedankien deixa uma obra de inúmeras e boas realizações, com destaque para a luta em prol da conservação de Paranapiacaba. Se hoje a vila ferroviária voltou a ser olhada com mais carinho, e menos burocracia, muito se deve a ela.

O trem de passageiros já não fazia parte da paisagem, virara peça rara apenas como transporte turístico em fins de semana, a preços proibitivos ao dia a dia dos trabalhadores. O sistema funicular caia de podre, levando com ele mais de um século de trabalho e pioneirismo. E lá ia Dona Anna, forte, decidida, animando memorialistas a lutarem pela vila orgulho de gerações.

A chama demonstrada por esta mulher nascida no Rio de Janeiro deu certo, e Paranapiacaba voltou a ser olhada com bons olhos pelas autoridades, voltou a atrair levas e levas de visitantes.

Desde a juventude, Anna Gedankien atuou em entidades da comunidade judaica. No Grande ABC, fundou e dirigiu o Movimento Pró-Paranapiacaba e o Instituto do Patrimônio Histórico.

Em 2019, lançou um livro contando a história os 90 anos da comunidade judaica na região, publicação muito bem descrita pela jornalista Miriam Gimenes, do Diário.

Agora, a partida.

Anna Gedankien era filha de Jacob Tubenchlak (imigrante russo) e de Clara Herman (imigrante da antiga Palestina). Eles se conheceram e se casaram no Brasi. Tiveram 13 filhos.

Dona Ana e seu marido, Jayme Gedankien, vieram para Santo André em 1959, com dois filhos pequenos, Dan (jornalista, que foi editor de Política do Diário) e Ehud. Ela parte aos 95 anos. Foi sepultada no Cemitério Israelita do Embu das Artes. Deixa três filhos, Dan, Ehud e Hadassa, seis netos e cinco bisnetos.

Crédito da foto 1 – Benino Paino/Banco de Dados

A HISTORIADORA. Anna Gedankien e seu livro: 70 entrevistas com judeus que fugiram da Europa entre as Primeira e Segunda Guerras Mundiais

SANTO ANDRÉ

José Piai, 93. Natural de Colina (SP). Residia no Jardim Santo Antonio, em Santo André. Dia 22. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Catharina Urias de Souza, 90. Natural de Caconde (SP). Residia no Parque Novo Oratório, em Santo André. Pensionista. Dia 22. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

SÃO BERNARDO

Lauro Campos Grosso, 91. Natural de Mirassol (SP). Residia no bairro Nova Petrópolis, em São Bernardo. Dia 22, em Santo André. Jardim da Colina.

SÃO CAETANO

Emma Melloni Baldessari, 99. Natural de São Paulo. Residia no bairro Osvaldo Cruz, em São Caetano. Dia 22. Memorial Planalto.

Irene Dominguez, 93. Natural de São Paulo. Residia no bairro Prosperidade, em São Caetano. Dia 22. Cemitério das Lágrimas.

DIADEMA

Vera Camacho, 93. Natural de Portugal. Residia no Centro de Diadema. Dia 22. Cemitério Municipal de Diadema.

Isaura Maria da Conceição, 89. Natural de Gentio do Ouro (Bahia). Residia no Jardim Inamar, em Diadema. Dia 21. Cemitério Municipal de Diadema.

MAUÁ

Francisco Ambrósio Melo Neto, 77. Natural de Tamboril (Ceará). Residia na Vila Assis Brasil, em Mauá. Dia 21, em Diadema. Cemitério Santa Lídia.

RIBEIRAO PIRES

Francisco Hammes, 61. Natural de Santa Cecília (Santa Catarina). Residia no bairro Roncon, em Ribeirão Pires. Comerciante. Dia 17, em Santo André. Cemitério São José.

Iberval Celestino da Silva, 58. Natural de São Paulo, Capital. Residia no Jardim Adriana, em Itaquaquecetuba (SP). Dia 4, em Ribeirão Pires. Morada da Paz, em Itaquaquecetuba.




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