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‘Não consigo acreditar’, diz Admir Jacomussi sobre derrota do filho

Pai do deputado estadual Atila Jacomussi, vereador suspeita de manipulação de resultados e que a história da inelegibilidade ‘castigou’ a campanha

Wilson Guardia
23/11/2024 | 10:00
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Foto: Wilson Guardia/ DGABC

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Admir Jacomussi (PRD), vereador de Mauá e pai do deputado estadual Atila Jacomussi (União Brasil), diz não “acreditar” no resultado das eleições municipais, que chancelaram a reeleição de Marcelo Oliveira (PT), e que a inelegibilidade “castigou” o unionista durante a campanha eleitoral. “Foi (uma eleição) desastrosa. Não consigo acreditar (no resultado). Em qualquer lugar em que chegávamos só dava Atila, e o coro era sempre o mesmo: ‘não voto no PT’. Não sei o que aconteceu”, disse o vereador com dez mandatos no Legislativo mauaense, mas que não se reelegeu. 

Admir, eleito a primeira vez no início da década de 1970, quando a escolha dos candidatos ainda era realizada em cédulas de papel, ao ser indagado pelo Diário sobre se confia no sistema de votação eletrônico, respondeu “não desacreditar”. “Não é por aí”, disse. Porém, quando perguntado sobre se acreditava na lisura da apuração, levantou suspeitas sobre o processo ao dar risadas e seguir com a seguinte afirmação: “Vai saber o que acontece. Não posso falar de uma coisa da qual não tenho certeza”, disse o parlamentar de 76 anos, durante entrevista concedida ao Diário em seu gabinete.

CAMPANHA

Além de levantar suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral, Jacomussi acredita que a “inelegibilidade de Atila foi armação”, ao justificar que não havia trânsito em julgado do recurso interposto pelo filho, nem condenação por “dolo”. O vereador ainda admitiu que a história sobre a situação processual do filho o “castigou” ao longo da campanha e o “PT se apegou a isso”.

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), segunda instância da Justiça Eleitoral paulista, concluiu no dia 5 deste mês o julgamento do recurso de Atila Jacomussi contra o indeferimento de seu registro de candidatura à Prefeitura de Mauá. O julgamento havia sido suspenso no dia 24 de outubro com o pedido de vista da juíza Maria Cláudia Bedotti e placar de 2 a 1 pela manutenção do indeferimento.

Ao retomar o caso, Maria Cláudia explicou que a análise do recurso ficou prejudicada, tendo em vista que Atila acabou derrotado no 2º turno – por Marcelo Oliveira por 54% a 46% dos votos válidos. Assim, opinou pelo “não conhecimento do recurso”, situação em que, por causa de alguma questão técnica ou processual, decide-se por rejeitar o pedido sem avaliar seu mérito. Os demais juízes seguiram a tese de Maria Cláudia.

DISPUTA ELEITORAL

Jacomussi, que garantiu não disputar mais nenhum cargo eletivo, frisou que Atila vai estar nas urnas em 2026. “Não sei ainda se a (deputado) estadual ou federal.” O atual mandato, iniciado em 2023, é o segundo de Atila na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). O primeiro foi de 2015 a 2016. Entre 2017 e 2020, Atila foi prefeito de Mauá.




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