Os poços foram localizados em Ouled-Allel, em uma zona controlada pelo Grupo Islâmico Armado (GIA) e em Benindjia, a uns 20 quilômetros de Argel, disseram os jornais. Nao houve confirmaçao oficial das versoes jornalísticas.

Adaoui era membro dos grupos de defesa armados pelo governo e depois se aliou aos rebeldes, segundo as versoes, mas se arrependeu e está cumprindo pena de 10 anos de prisao. O jornal El Watan indicou que os poços continham ``muitos cadáveres de vítimas do GIA, o mais radical dos grupos rebeldes muçulmanos, que se negou a depor as armas, apesar dos esforços de reconciliaçao.

``Pelo menos 20 pessoas degoladas foram jogadas em um poço em Ouled-Allel', disse Adaoui, segundo as informaçoes. Em Benindjia, segundo Adaoui, vários cadáveres foram lançados em um poço de apenas 30 centímetros de diâmetro. Quando lhe perguntaram como isso foi possível, ele respondeu que os corpos ``diminuem seu volume' depois da morte, disse o jornal.

Poços cheios de cadáveres já tinham sido achados em Mitidja, ao sul da capital. O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, que disse que a prioridade de seu governo é a reconciliaçao nacional, indicou que morreram 100.000 pessoas, vítimas da violência que explodiu quando o exército anulou as eleiçoes legislativas de 1992 que, segundo todos os indícios, seriam vencidas pela Frente Islâmica de Salvaçao, que foi declarada ilegal.