Cultura & Lazer Titulo Inauguração
Zoo SP abre nova área de visitação às ararinhas-azuis

Lançamento do habitat inspirado na Caatinga baiana teve a presença do cineasta Carlos Saldanha, diretor do filme ‘Rio’

Jaque Corrêa
Especial para o Diário
17/11/2024 | 08:49
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FOTO: Celso Luiz/DGABC

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O Zoológico de São Paulo, um dos maiores e mais antigos do Brasil, deu um passo importante em sua missão de conservação com a inauguração de um novo espaço para a ararinha-azul, uma das espécies sob maior ameaça de extinção no Brasil. A área já está aberta à visitação. 

Com a presença do cineasta Carlos Saldanha, famoso por ter dirigido os filmes "Rio" e "Rio 2", o evento de abertura, na última terça-feira, marcou também a assinatura de um termo de cooperação técnica com o Instituto Arara Azul, visando a conservação de outra espécie icônica: a arara-azul-grande, do Pantanal.

A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é uma espécie endêmica da Caatinga brasileira e, atualmente, existem apenas 330 no mundo sob cuidados humanos. Segundo Fernanda Vaz Guida, bióloga responsável pelo setor de aves do Zoo SP, o novo habitat das ararinhas-azuis, com 200 metros quadrados, foi inspirado na Caatinga baiana, região onde o último ninho natural da espécie foi avistado. “Por enquanto, as ararinhas que vão ficar aqui são dois jovens, dois irmãos machos. Eles têm cerca de um ano de diferença, são bem tranquilos”, explica. 

Ainda conforme Fernanda, no Zoo já tem quatro casais de ararinhas formados e, conforme as aves forem se reproduzindo e nascendo, haverá a troca de ararinhas no recinto de visitação.

O Zoológico de São Paulo, em parceria com o Cemave (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres, recebeu 27 aves da espécie e criou um centro de conservação dedicado à reprodução para, futuramente, devolver os animais à natureza.

Carlos Saldanha, que participou do evento, é um defensor da causa ambiental. Em seus filmes, ele abordou a preservação da ararinha-azul, dando visibilidade internacional à causa. Durante o evento, o cineasta reforçou a importância da conservação para combater a extinção das espécies e mitigar os impactos das mudanças climáticas e do tráfico de animais. 

“É uma emoção muito grande poder ver um filme, que é uma ficção, virando realidade. Fico feliz de que o filme teve alguma contribuição, teve um fator de ajuda nesse processo que é tão difícil. E eu sei que os biólogos incansavelmente trabalham nisso para proteger os animais, e a minha contribuição é uma contribuição mais lúdica, uma contribuição de um pouco de conscientização para trazer esse amor do povo, das pessoas para a natureza, porque acho que é isso que é importante. Tem de amar e tem de cuidar”, declara o artista.

Além das ararinhas-azuis, o zoológico abriga outras duas espécies de araras-azuis: a arara-azul-de-Lear (Anodorhynchus leari), também endêmica da Caatinga e em processo de recuperação, e a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), que habita o Pantanal e sofre com os impactos das queimadas florestais. O acordo com o Instituto Arara Azul prevê ações conjuntas para apoiar a fauna vitimada pelos incêndios que atingiram a região do Pantanal neste ano.

O Zoológico de São Paulo funciona das 9h às 17h – a bilheteira, até as 16h – e está localizado na Avenida Miguel Stéfano, 4241, Água Funda, em São Paulo. Os ingressos para visitar as ararinhas e outros animais podem ser adquiridos pelo site www.zoologico.com.br ou pela central de vendas/WhatsApp: (11) 4934-6804, das 9h às 18h20.




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