Vereador foi procurado em casa e no gabinete pela comissão processante da Câmara de S.Bernardo para ser notificado, mas não foi encontrado
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Terminou nesta quarta-feira (13) o prazo para que o vereador de São Bernardo Paulo Chuchu (PL) enviasse sua defesa por escrito à Comissão Processante que analisa a denúncia de abuso de autoridade, ameaça e violação do decoro parlamentar contra o liberal. O parlamentar teve dez dias para enviar o documento. Foram feitas tentativas de notificação na casa e no gabinete de Chuchu, mas o vereador não foi encontrado.
De acordo com o presidente da comissão processante, Netinho Rodrigues (Podemos), a Câmara programou para esta quinta-feira (14) uma publicação no Diário Oficial do Município convocando Paulo Chuchu para prestar esclarecimentos e outra notificação será feita na próxima semana. “Caso o vereador não se manifeste com sua defesa, o processo volta ao Legislativo e a Casa julgará a cassação dele”, disse, ao Diário.
O vereador fez uma viagem aos Estados Unidos no dia 4 de novembro, quando compartilhou foto nas redes sociais com a legenda: “Julguem”. A data marcou o início do prazo para que ele enviasse à Casa sua defesa, que não o fez.
A assessoria do vereador informou, inclusive, que Chuchu apareceria no plenário da Câmara na sessão desta quarta. No entanto, Paulo Chuchu não registrou presença no painel eletrônico e não foi visto na Casa. A reportagem entrou em contato com o parlamentar para prestar esclarecimentos sobre a defesa, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
ENTENDA O PROCESSO
A Câmara de São Bernardo aprovou no dia 30 de outubro, por 19 votos favoráveis e seis contrários, representação do Psol contra o vereador, criando a comissão processante que, além de Netinho Rodrigues, tem Estevão Camolesi (Cidadania) na relatoria e Ana do Carmo (PT) como integrante.
Na representação, o advogado Jaime Luís Fregel Colarte Castiglioni relata que, ao término da sessão de 21 de agosto deste ano, Paulo Chuchu, acompanhado do vereador Lucas Ferreira (PL), aproximou-se do jornalista Artur Rodrigues e, “de forma insistente”, questionou-o sobre seu domicílio eleitoral, em quem votaria nas próximas eleições e se era petista. Ainda segundo a representação, o vereador, “de maneira ameaçadora e intimidadora, bateu em uma arma de fogo que portava na cintura por baixo da camisa, cujo volume era visível, e afirmou: ‘É melhor tomar cuidado com o que responde. Ainda bem que tenho porte de arma’.”
Na época, Paulo Chuchu afirmou ao Diário que a denúncia foi inventada e que as imagens das câmeras do Legislativo poderiam comprovar sua tese. “Não aconteceu (a coação). Foi inventada não sei por qual motivo. Ele fez BO, mas não representou. Então, não pude me defender. Cabe à vítima a representação. Estou aguardando ser chamado para mostrar as imagens, que falam por si”, afirmou.
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