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Prefeitura estuda remover famílias do Jardim Romano (SP)
29/12/2009 | 08:20
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O prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou na segunda-feira a criação de 3.265 residências populares para moradores de áreas de risco na Várzea do Tietê, na Zona Leste de São Paulo. Nove áreas serão desapropriadas nos bairros da Penha, Itaquera, Guaianases e Itaim Paulista, com uma área total de 142 mil metros quadrados e custo de cerca de R$ 300 milhões.

Para os moradores do Jardim Romano, no entanto, as boas notícias só são dadas com o verbo no futuro. No presente, a região voltou à estaca zero - ontem, o bairro sofreu com os piores alagamentos desde as chuvas do dia 8. E técnicos da prefeitura afirmam que não há soluções emergenciais para o Jardim Romano até o fim dos temporais de verão.

"Remover os moradores das áreas de risco é a solução definitiva para a região. Enquanto isso, vamos intensificar a limpeza dos bueiros e das galerias. Mas não há nada que se possa fazer para que o bairro não alague mais", diz o subprefeito de São Miguel, Milton Persoli.

A região voltou a sofrer com os alagamentos em decorrência das fortes chuvas de domingo. Após menos de uma semana de trégua (e seca), as ruas do Jardim Romano se tornaram mais uma vez uma lagoa, transitáveis apenas de bote. Como no primeiro alagamento, não é possível utilizar agora caminhões com bombas, porque a água das ruas está no mesmo nível do rio e o solo encharcado não absorveria o excesso.

Para evitar que o Tietê continuem invadindo o Jardim Romano, a prefeitura chegou a considerar a construção de um dique ou uma mega bomba de R$ 150 milhões. Outras propostas, como erguer o nível de ruas que atualmente estão abaixo do rio, como a Capachós, também estão sendo avaliadas. No entanto, todas apresentam entraves técnicos.

A única saída para o bairro, segundo a administração municipal, será a remoção de até 3 mil famílias e de todo o entulho nas margens do rio para a implantação de um parque linear, que vai atenuar o efeito das chuvas. O processo deve começar em março - até lá, as enchentes vão continuar.




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