Operação CyberConnect bloqueia 132 celulares de criminosos, cumpre mais de 100 mandados de busca e apreensão e desarticula células envolvidas em fraudes financeiras e tráfico de drogas
Em uma ação coordenada para combater a criminalidade cibernética e seus impactos financeiros, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (7) a terceira fase da Operação CyberConnect, mobilizando 400 policiais civis em 21 cidades do Estado e uma no Mato Grosso. A operação, que contou com o apoio de diversos departamentos da polícia, incluindo as seccionais do Grande ABC, resultou no cumprimento de 103 mandados de busca e apreensão e na prisão de 19 pessoas, sendo 17 preventivas e 2 em flagrante. Além disso, as equipes bloquearam 132 IMEIs de celulares utilizados em fraudes e confiscaram computadores, celulares, cartões, máquinas de pagamento e drogas.
A CyberConnect é fruto de uma investigação que visa desmantelar organizações criminosas especializadas em golpes eletrônicos, com um trabalho conjunto dos departamentos Deinter 5 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior) e Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), que coordenam a operação. O objetivo é identificar e desarticular as redes envolvidas em golpes financeiros e fraudes eletrônicas. A operação segue um projeto de inteligência que conecta dados de crimes cibernéticos em todo o Estado, permitindo rastrear o fluxo de atividades ilícitas que, segundo a polícia, tem impactado severamente a economia e o cotidiano de cidadãos em todo o País.
Entre os crimes investigados, destacam-se operações fraudulentas de alto valor, como o golpe de R$ 1,5 milhão sofrido por uma médica de São José do Rio Preto. A vítima foi enganada por criminosos que se passaram por gerentes de contas e a convenceram a transferir valores significativos, além de fornecer informações bancárias. Em um dos endereços investigados em São Paulo, a polícia também apreendeu 40 quilos de drogas destinadas à comercialização pela internet, evidenciando uma ligação entre o crime financeiro e o tráfico de drogas. Outras fraudes incluem um golpe de R$ 750 mil em Fernandópolis e a venda falsa de produtos de uma grande rede de varejo, que teria enganado 40 vítimas e gerado um prejuízo de R$ 2,5 milhões em dois anos.
A terceira fase da CyberConnect, denominada “Defender,” bloqueou 132 celulares usados nas fraudes. Esses dispositivos, que têm cadastro falso e são frequentemente utilizados com múltiplos chips, são uma das principais ferramentas para dificultar a localização e identificação dos criminosos. A polícia estima que os aparelhos bloqueados têm um valor médio de R$ 2 mil cada, o que representa um prejuízo total de cerca de R$ 264 mil para as redes criminosas. Os aparelhos que foram apreendidos poderão ser usados para auxiliar na recuperação de ativos e ressarcimento das vítimas dos golpes, enquanto outros celulares ainda em posse dos suspeitos deverão ser entregues em delegacias para seguir nas etapas de investigação.
Além das 19 prisões, outras 89 pessoas foram conduzidas para delegacias para prestar esclarecimentos, e 300 viaturas foram empregadas na ação.
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