Na primeira metade do Mundial do ano passado, a Jordan, um dos times que conta com maiores investimentos na Fórmula 1 (seu orçamento em 1998 foi estimado em U$ 60 milhoes), nao havia somado um único ponto no campeonato. Uma crise de conseqüências imprevisíveis estava prestes a estourar na equipe de Eddie Jordan. Nas demais oito etapas da competiçao, contudo, a história do time mudou completamente. Damon Hill e Ralf Schumacher, seus pilotos, somaram 34 pontos, sendo que no GP da Bélgica os dois fizeram primeiro e segundo, nessa ordem. A Jordan Grand Prix concluiu o Mundial de Construtores na quarta colocaçao, com 34 pontos, quatro apenas atrás da Williams.
O início do avanço da Jordan na Fórmula 1 coincidiu com a chegada de um novo diretor técnico, o inglês Mike Gascoyne, contratado às vésperas do GP da Gra-Bretanha. É dele o projeto do J- 199, modelo que, com certeza, está despertando o interesse de vários donos de equipe. Ele pode lançar a Jordan ao grupo das três organizaçoes mais eficientes da Fórmula 1. Curiosamente, Eddie Jordan nao conta com nenhum grande grupo industrial a apoiá-lo, como as associaçoes McLaren-Mercedes, Ferrati-Fiat e Prost-Peugeot. A Jordan é cliente da Mugen Honda. Seus motores V-10 sao adquiridos da empresa japonesa ao custo aproximado de U$ 10 milhoes por ano.
Apenas a McLaren e a Arrows ainda nao apresentaram os seus carros para a temporada que começa dia 7 de março em Melbourne, na Austrália. O time campeao do mundo já anunciou que o MP4/14 será exposto à imprensa dia 8, em Barcelona. A Arrows ainda nao definiu data e nem mesmo pilotos. O caso da Ferrari parece ser único. Sábado, Michael Schumacher e Eddie Irvine posaram para fotos ao lado do F399, modelo que a equipe usará este ano. Mas a programaçao dos italianos prevê o shakedown (teste dos sistemas primários do carro) apenas sábado, no circuito de Fiorano. A semana de trabalho a mais exigida pela Ferrari sugere que o F399 foi apresentado sem estar concluído.
Como em 1998, ficou acertado também que Schumacher e Irvine só testarao o F399 em Fiorano e Mugello, pistas da Ferrari, onde seus adversários nao podem treinar. O piloto alemao acredita que este ano a McLaren nao iniciará o campeonato com uma vantagem de um segundo por volta, como na temporada passada. "Eu nao perdi o Mundial do ano passado no GP do Japao, o último do ano, mas nos seis primeiros, em que somei 24 pontos e Mika Hakkinen (McLaren), 46."
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