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O protesto foi organizado por familiares e vítimas da violência. Eles colocaram cruzes brancas nos jardins do Congresso Nacional, para simbolizar os mortos por armas de fogo no Brasil — em 2002, foram cerca de 45 mil.
Negociação - O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, se reuniu com líderes dos partidos na Câmara para discutir um acordo sobre o Estatuto. O PTB e alguns integrantes do PMDB são contra as medidas mais duras, como a que torna o porte ilegal de armas crime inafiançável, e também não querem que a população seja ouvida em um referendo sobre o tema, em 2005. O encontro não levou a um acordo.
Em entrevista à Rádio CBN, o relator do Estatuto na Câmara, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), afirmou que não vai mudar os pontos principais do texto. O projeto mantém o porte ilegal crime inafiançável; aumenta a idade mínima para a concessão do porte (de 21 para 25 anos); torna o governo federal responsável pela concessão da permissão e prevê a realização do referendo. “Isso eu não mudo”, garantiu.
Greenhalgh disse que o Estatuto vai “acabar com a farra da arma de fogo no Brasil”.
Levantamento- De acordo com uma pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça, a maioria da população é a favor da proibição da venda de armas.
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