O papa Bento XVI faz nesta sexta-feira sua primeira visita à Itália desde sua eleição como pontífice em um momento delicado das relações entre os dois Estados. Recentemente, o Vaticano foi acusado de interferir nos assuntos italianos.
A decisão do papa de apoiar publicamente a posição dos bispos italianos a favor da abstenção no referendo italiano de 12 e 13 de junho - sobre a lei de fecundação assistida - foi qualificada como uma "ingerência" indevida do Vaticano nos assuntos internos da Itália.
O papa, residente há 20 anos na Itália, será recebido com todas as honras no Palácio do Quirinale pelo presidente Carlo Azeglio Ciampi.
Ciampi deve aproveitar a ocasião para insistir na característica leiga do Estado italiano, um tema que tem provocado tensões entre as duas partes. O presidente considera o caráter leigo do Estado um dos pontos principais da Constituição de 1948.
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