Cidade voltou a receber R$ 1,5 milhão para o Nardini, mas prefeito pede hospital estadual
O prefeito reeleito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), defendeu maior participação do Estado no custeio da Saúde no município. Há dois meses, a cidade começou a receber o repasse mensal de R$ 1,5 milhão para o Hospital Radamés Nardini, prometido em abril deste ano pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas o petista reivindica maior envolvimento do Palácio dos Bandeirantes na área, tendo em vista que o equipamento atende também pacientes de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, da Capital e acidentados do Rodoanel Mário Covas e da Rodovia Índio Tibiriçá.
Em 2022, Mauá recebeu R$ 9 milhões para o Nardini, em seis parcelas de R$ 1,5 milhão. Porém, a cidade deixou de receber os repasses no início de 2023. “Estávamos há um ano e meio atrás desses recursos. O ideal é que viessem R$ 3 milhões. Conseguimos R$ 1,5 milhão pelo período de um ano, mas precisamos rediscutir a participação do Estado na Saúde das cidades, porque aumentou muito o atendimento”, disse Marcelo, em entrevista ao Diário. O Nardini tem custo mensal de R$ 12 milhões.
O chefe do Executivo mau-aense defende a construção, na cidade, de um hospital estadual para complementar a atuação do Nardini. “Santo André tem um hospital municipal e um estadual (Mário Covas). O mesmo ocorre em Diadema, que tem seu hospital e o Serraria. Mauá precisa ter outro hospital, que ajudaria a microrre-gião formada por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O Nardini é um bom equipamento, mas a demanda é muito grande”, reivindicou.
A estadualização do Nardini, avalia Marcelo, não resolveria o problema. “O hospital é a referência para o paciente que está na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e precisa de transferência, às vezes para um procedimento simples. Se o Nardini for estadualizado, perde-se essa referência, e o paciente vai para a Cross (Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde). Aí, sabe-se lá onde e quando essa vaga vai sair. Por isso, o Estado está correto quando diz que não vai estadualizar o Nardini”, prosseguiu o prefeito, ressaltando que discutiu com os demais prefeitos eleitos da região, durante almoço ocorrido na quarta-feira, a criação de uma Cross regional, “desde de que se faça um estudo da rede de Saúde no Grande ABC”.
Marcelo ressalta ainda que, com um repasse maior do Estado, a Prefeitura conseguiria retirar a área administrativa do Nardini, o que abriria espaço para a criação de mais leitos. O petista explicou que, desde o início deste ano, com a explosão no número de casos de dengue, o atendimento nas UPAs saltou de 300 para 600 pacientes/dia. Explicou ainda que a inauguração, em setembro, do Hospital Santa Luzia, em Ribeirão Pires, ainda não impactou no atendimento em Mauá.
RODOVIÁRIA
O prefeito espera que as obras da nova rodoviária do Centro estejam concluídas em março do próximo ano. O terminal está sendo construído no regime de PPP (Parceria Público-Privada) pela Demac Construções, Empreendimentos e Participações – que, como contrapartida, poderá explorar comercialmente o shopping de 17 mil metros quadrados e 350 lojas que está sendo erguido e será integrado à rodoviária.
“A empresa quer entregar em dezembro, até para atender aos lojistas, que gostariam de ter os boxes abertos no Natal, mas tem prazo até março”, explicou . A PPP tem duração de 35 anos – depois, o shopping volta para a Prefeitura.
Quanto à unidade do IF (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia), confirmada em março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marcelo prevê que as aulas começarão a ser ministradas no segundo semestre de 2025. O prefeito disse que conversou, na semana passada, com reitor do IF em São Paulo, Silmário Batista dos Santos, sobre a aquisição de espaço para a construção do campus. A preferência da Prefeitura é de que o IF seja erguido no Centro da cidade.
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