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Marcinho Jr: ‘abstenção mostra que a política está desacreditada’

Vereador reeleito de Diadema afirma que o próximo desafio é fazer com que a população volte a ter o sentimento de pertencimento à cidade

Angelica Richter
04/11/2024 | 07:29
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FOTO: Reprodução/Facebook


O vereador de Diadema Márcio Paschoal Giudicio Júnior, o Márcio Júnior (Podemos), reeleito para seu terceiro mandato a partir de 2025, afirmou que o alto porcentual de votos brancos, nulos e abstenção nas eleições deste ano mostra que essa parcela da população não acredita na política e nos agentes públicos. 

No Grande ABC, nas três cidades onde houve segundo turno – São Bernardo, Diadema e Mauá –, de 1,301 milhão de pessoas que compõem o eleitorado nesses municípios, 406,6 mil deixaram de votar, ou 31,23% do total. 

“O que mais me espanta neste processo eleitoral em Diadema é que a abstenção, somada aos brancos e nulos, passa de 120 mil votos. É maior que a votação do próprio prefeito eleito, Taka (Yamauchi, MDB), que recebeu 116.003 votos, e do (prefeito José de) Filippi (PT), com 104.556, neste segundo turno”, destacou.

Para o podemista, as eleições revelaram que grande parte do eleitorado está desacreditada das Casas de leis, dos políticos, dos agentes públicos e, sobretudo, da política em si. Segundo Marcinho Júnior, essa realidade traz uma responsabilidade muito grande para os legisladores. 

“Enquanto homem público, é minha função fazer com que essas quase 120 mil pessoas que desacreditaram nos candidatos a prefeito na cidade de Diadema enxerguem a política sob outra ótica”, destacou o vereador, que apoiou Taka Yamauchi no segundo turno.

O parlamentar afirmou, ainda, que em boa parte desses eleitores que votaram branco, nulo ou se abstiveram da escolha, existe um sentimento de não pertencimento a Diadema e de descrédito com o que é público.

“Quando se tem o sentimento de pertencimento à cidade, você briga por ela, em qualquer situação. Seja na política, ou quando um cidadão quebra uma lixeira na rua, mas isso não ocorre (atualmente).”

Para Marcinho Júnior, o sentimento de pertencimento ocorre quando o munícipe vai à UBS (Unidade Básica de Saúde) ou ao Quarteirão da Saúde e é bem-atendido, bem como quando sabe que o material que o filho recebe na escola é de boa qualidade. Ou seja, quando tem uma devolutiva do governo municipal.


DESAFIO

O vereador afirmou que o próximo desafio, enquanto pessoa pública, é resgatar o sentimento de pertencimento na população, principalmente nos jovens e em quem não acredita mais na política. 

“Temos, enquanto legisladores, revestidos desta função, de fazer com que a população acredite no Estado. Temos de fazer (a política) valer, lutando, de fato, pela dificuldade do povo. Do contrário, vai ser cada dia mais difícil pedir voto e fazer com as pessoas enxerguem a política com bons olhos”, pontuou.

Marcinho ainda destacou que todos que foram eleitos e reeleitos, assim como Taka, têm de fazer jus a um trabalho propositivo e de resgatar na população a esperança de uma Diadema progressista e industrial novamente. “Uma esperança em coisas boas para a cidade”, afirma.




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