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Cemitério celebra Finados com violinos e acolhimento

Cerca de 10 mil pessoas visitaram o Vale dos Pinheirais, em Mauá; região teve série de missas

Mariana Gutierrez
02/11/2024 | 15:36
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Claudinei Plaza/DGABC


A região celebra hoje o Dia de Finados com uma programação especial preparada pela Diocese de Santo André em diversos cemitérios das sete cidades, onde foram realizadas missas para lembrar aqueles que morreram, de acordo com a tradição da Igreja Católica. No cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá, além das missas celebradas às 9h, 11h, 14h e 16h, os visitantes que foram homenagear seus entes foram recepcionados com apresentações de violinistas.

Além disso, o local ofereceu atividades voltadas para a saúde, como massagens, aferição de pressão, reiki e auriculoterapia – também houve distribuição de pipoca e algodão doce. 

Ivani Ferraz, 61 anos, gerente geral do cemitério, destacou a importância do acolhimento e do carinho neste dia especial. “A gente não pode esquecer que é um dia que traz memórias das pessoas que já partiram, a saudade. Embora a gente faça muitos eventos aqui, trabalhamos também com a tristeza. Nosso intuito é fazer a pessoa se sentir em paz e acolhida”, afirmou.

Segundo Hilda Ferraz, 67, que também trabalha na gerência do cemitério, cerca de 10 mil pessoas visitaram o local nesta data, e a semana também recebeu um número maior de visitantes do que o habitual. As apresentações musicais foram realizadas nos intervalos das missas, que foram promovidas pela Paróquia Vila Vitória. 

A enfermeira Juliane Fernandes, 40, participou da auriculoterapia e destacou a importância de cuidar da saúde em momentos como esse. “Cada um encara de uma forma. Para nós, é um ciclo natural da vida, então hoje é uma forma de prestar autocuidado, de cuidar do nosso corpo e do nosso ser”, disse ela.

Muitas pessoas visitaram os jazigos logo pela manhã. O servidor público Valdir Jesus, 55, prestou homenagens aos pais sepultados no parque. O pai faleceu em 2018, e a mãe, há dois anos. “Essa data, antes de mais nada, traz muita saudade, não tristeza, porque tenho certeza de que estão em um bom lugar. Mas sentimos saudades. Não que no restante do ano não sinta, mas a reflexão na data de hoje é maior”, refletiu.

A venda de flores chamou a atenção tanto dentro quanto fora do cemitério. Irene Campos, 50, vendedora, destacou o aumento no consumo. “Começamos a preparar os arranjos com antecedência para estarmos prontos. Devemos vender ao menos 500 flores ou arranjos”, disse a comerciante, que destacou que, além das velas, as flores mais procuradas foram as kalanchoes, tradicionais para esta data.

Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André, presidiu missas no Cemitério Municipal de Diadema, pela manhã, e no Cemitério Santa Lídia, em Mauá, à tarde. Na véspera, ele destacou que Finados “não (é) um dia de tristeza ou de saudade que nos faz ficar presos ao passado, o que pode até nos deprimir”. “É um dia para agradecer a Deus pela vida que eles tiveram entre nós e para reafirmarmos nossa fé na ressurreição”, pontuou.




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