A menos de uma semana para o segundo turno das eleições que irão definir os novos prefeitos – ou manter os atuais, caso os petistas Marcelo de Oliveira e José de Filippi Júnior sejam reeleitos em Mauá e Diadema, respectivamente –, o acirramento das campanhas ganha protagonismo, deixando em segundo plano a apresentação de propostas nas três cidades do Grande ABC que, domingo, escolherão os seus líderes para o quadriênio 2025-2028 – em São Bernardo, a disputa colocará frente a frente o ex-vice-prefeito Marcelo Lima (Podemos) e o deputado federal Alex Manente (Cidadania).
Acusações e agressões físicas, até com o uso de armas, veículo danificado, brigas entre apoiadores em espaços públicos, trocas de xingamentos, entre outras baixarias, foram constatados antes mesmo do encerramento do primeiro turno. Isso sem contar o comportamento inadequado apresentado por prefeituráveis em debates realizados pelos principais veículos de comunicação do País em diversas mídias, como TV, rádio ou internet.
E a selvageria dos estúdios ganhou as ruas. Em Mauá, houve agressão e roubo de material no comitê de Marcelo Oliveira, ontem. Em Santo André, em setembro, dois colaboradores do governista Gilvan Junior (PSDB), eleito ainda no primeiro turno, registraram B.O. após receberem ameaça de morte durante campanha.
Situação comum no mundo do futebol, mas pouco habitual no da política e que deixa no ar a real intenção dos responsáveis por atos tão execráveis e que, infelizmente, se tornaram rotina nas eleições. Afinal, não dá para esquecer a cadeirada desferida pelo então prefeiturável José Luiz Datena (PSDB) no adversários Pablo Marçal (PRTB) em debate na TV, na Capital. Ou, mais recentemente, o atentado a tiros contra José Aprígio da Silva (Podemos), atual prefeito e candidato à reeleição em Taboão da Serra.
O momento exige a apresentação de propostas e impõe comprometimento aos candidatos. Por sua vez, os eleitores têm a obrigação de rejeitar nas urnas quem abdicou das regras do jogo para apostar na baixaria.
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