Escalada da guerra entre Israel e Hamas leva a 3.000 pedidos de retorno;1.683 aguardam
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O sexto desembarque da Operação Raízes do Cedro, com 212 passageiros resgatados do conflito no Líbano, foi realizado durante a manhã de ontem na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos. A ação totaliza a repatriação de 1.317 brasileiros desde 4 de outubro, quando o MRE (Ministério das Relações Exteriores) contabilizou o interesse de 3.000 cidadãos em retornar ao País.
A partir da ação, a operação apresenta um avanço de 44% no atendimento das solicitações, já que 1.683 brasileiros seguem na espera, apesar dos voos diários da FAB (Força Aérea Brasileira).
Pelo acordo entre o Itamaraty e o governo libanês, são prioridade das listas de embarques mulheres, crianças, idosos e brasileiros não moradores do Líbano. A viagem dura cerca de 20 horas, devido à escala para reabastecimento em Lisboa, Portugal.
Na empreitada de ontem, estavam inclusos 14 crianças e um gato. Entretanto, desde o começo do mês a estimativa é que foram priorizados ao todo 242 crianças, 40 bebês, 138 idosos, 12 gestantes, 101 pessoas com alguma complicação de saúde e 12 pessoas com deficiência, além de 15 animais domésticos.
O CONFLITO
A fuga acontece em uma escalada das tensões entre Israel e o grupo Hezbollah, que se expandiu ao território libanês.
“Minha mãe está lá e somos sete irmãos. Eles estão vivendo lá. Mas está muito perigoso. A casa vizinha da minha família foi destruída em um bombardeio. Um só míssil é capaz de destruir um prédio. Eles saíram da cidade e foram para locais mais seguros. Oito dias depois, a casa foi destruída”, conta Ahmad Nazar, que reencontrou ontem a família após o sexto voo da FAB.
Mais de 1.000 pessoas já morreram no Líbano. Segundo o Itamaraty, o país conta com 21 mil brasileiros residentes na nação que é considerada a menor do Oriente Médio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem condenado os ataques. “É importante lembrar que já foram feitas várias tentativas de paz, cessar-fogo foram aprovados e ele (primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu) não cumpre. É o maior número de mortos desde a guerra civil que durou entre 1975 e 1990”, criticou.
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