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É de extrema preocupação o resultado do levantamento do Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) a respeito da saúde dos moradores do Grande ABC. Os dados do órgão do Ministério da Saúde divulgados nesta edição do Diário mostram que 29,44% dos moradores convivem com a obesidade, quando o IMC (Índice de Massa Corporal) é igual ou superior à marca de 30 kg/m2. Vale lembrar que a faixa de peso normal varia de 18,5 a 24,9 kg/m2. Foram entrevistados no estudo 131,4 mil indivíduos nas sete cidades em 2023.
Mais perturbador ainda é a constatação de que outros aproximadamente 28,73% dos residentes na região vivem em situação de sobrepeso, com o IMC entre 25 e 29,9 kg/m2, o que já oferece riscos à saúde devido ao excesso de gordura. A condição está diretamente relacionada a problemas nas articulações, renais, hepáticos e a doenças como diabetes 2, hipertensão, além das cardiovasculares, e a câncer.
É fato que os casos têm soluções. Atingi-las é que não é tão simples. A adoção de dieta, aliada à prática de atividades físicas, costuma ser sempre a primeira medida implementada para tentar reduzir o peso na balança. Um segundo estágio, para indivíduos com níveis mais altos de obesidade, envolve a utilização de medicamentos. E em casos mais extremos, a saída tem sido a cirurgia bariátrica adotada. Tudo muito bonito. Mas apenas na teoria. Na prática a história é bem diferente.
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica revelou que, em 2023, menos de 1% dos brasileiros com obesidade teve acesso a tratamento cirúrgico. Foram 80,4 mil operações (SUS, particulares e planos de saúde), 3,8% a mais que as 65,2 mil de 2022. O total, porém, segue aquém das necessidades do povo.
E só uma maior atenção dos governantes ao tema vai auxiliar no combate a um problema que, além de mortes, eleva o custo com internações, gera afastamento do trabalho. Um carga que governo, convênios e INSS não querem carregar. Situações que nos fazem relembrar o ditado de que é melhor prevenir do que remediar.
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