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Dupla de andreenses ganha destaque nacional no xadrez

Oscar Klimke, 8, e Gabriel Corsini, 10, dominam os torneios da região e buscam ‘top 100’ do Brasil antes de atingirem os 12 anos

Ryan Leme
Especial para o Diário
14/10/2024 | 09:41
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FOTO: Celso Luiz/DGABC

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Mesmo ainda nos primeiros passos no esporte, a dupla de Santo André formada por Oscar Klimke, 8 anos, e Gabriel Corsini, 10, já constrói suas carreiras como promessas do xadrez brasileiro. Treinando no Primeiro de Maio Futebol Clube, sob a orientação do mestre Paulo Garcia, os dois garotos acumulam conquistas impressionantes para as idades.

Gabriel é o campeão sub-10 dos Jogos Escolares de Santo André em 2024, além de ter conquistado o título sub-11 do Circuito Escolar do Grande ABC e chegado à última rodada do Campeonato Nacional de Xadrez com chances de acabar com o troféu no mesmo ano. Oscar, por sua vez, se destaca como vice-campeão do SP Open Junior 2024 e primeiro colocado no Circuito Escolar do Grande ABC em sua categoria, além de ter ficado entre os cinco melhores no Campeonato Brasileiro de Xadrez Escolar, na categoria sub-8.

Para os pais dos garotos, o xadrez tem impacto na formação dos filhos. Eles veem no esporte uma maneira de preparar as crianças para lidar com desafios sociais do futuro. “A prática de qualquer atividade esportiva é muito importante, mas o xadrez traz um quê a mais. Ensina a lidar com emoções, perder e ganhar, além de desenvolver estratégias que podem ser aplicadas na vida adulta”, reflete o pai de Gabriel, Marcio Corsini.

O menino se apaixonou pelo xadrez na escola, quando participou de aulas introdutórias. Apesar de inicialmente enfrentar dificuldades, encontrou motivação no desejo de melhorar. “Eu perdia no começo, quando estava aprendendo, mas quis estudar cada vez mais para ganhar e comecei a gostar muito do xadrez. Um dia quero ser campeão mundial”, afirma a promessa. De acordo com o mestre Paulo Garcia, a dedicação de Gabriel é tanta que já passaram juntos mais de cinco horas sem interrupções em aula na frente do tabuleiro.

Oscar, por sua vez, teve um contato ainda mais precoce com o jogo: aos 3 anos, por incentivo de seu avô. “Aprendi a movimentar as peças e depois comecei a estudar mais e jogar em campeonatos. Quando vi meu primeiro troféu, não desisti mais do xadrez”, conta. Com apenas 8 anos, ele já está acostumado a competir com jogadores um pouco mais velhos e até mesmo adultos. “Eu não tenho medo de perder, nem de jogar com alguém. Quanto mais eu estudar, mais rápido vou ganhar”, diz.

Os meninos sonham alto com o tabuleiro, e para que os objetivos se tornem reais, não falta incentivo dos pais, que acreditam que a dupla ainda estará entre os melhores do esporte. “Tudo que você faz com amor e paixão tende a dar certo”, reflete Fernanda Klimke, mãe de Oscar. “Não tem como não apoiar um filho a fazer aquilo que ele ama.”

O mestre Paulo Garcia, que acompanha o desenvolvimento dos garotos desde o início, vê neles um potencial extraordinário. “Se fizermos um trabalho firme, e eles mantiverem o empenho, com certeza podem ser campeões brasileiros, será questão de tempo. A paixão deles pelo xadrez é algo inquebrável”, avalia. Segundo ele, o xadrez não pode tirar a atenção das crianças em relação à escola e, por isso, acompanha os boletins escolares da dupla. 

Além das estratégias e da disciplina, as atividades com Garcia são marcadas pela maturidade e respeito ao oponente. De acordo com Gabriel, evita comemorar vitórias em frente aos adversários quando nota que as outras crianças ficam tristes ou irritadas com o resultado.

“Posso garantir que o futuro do xadrez está em boas mãos”, diz o mestre. Para o futuro, Garcia planeja intensificar os treinamentos e, com ajuda e dedicação dos garotos, fazer com que a dupla chegue entre os 100 melhores enxadristas do Brasil, sem limite de idade, antes de completarem 12 anos.




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