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Dois soldados italianos morrem em explosão no Afeganistão
Da AFP
05/05/2006 | 20:18
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Dois dos seis militares italianos feridos nesta sexta-feira em Cabul na explosão de um artefato não resistiram e morreram.

A explosão, ocorrida às 16h20 (8h50 de Brasília), atingiu dois veículos blindados com 12 homens em uma estrada no sudeste de Cabul, anunciou em Roma o Ministério italiano da Defesa.

O chefe da diplomacia italiana, Gianfranco Fini, manifestou seus pêsames às famílias dos dois militares mortos.

Outros quatro soldados, membros do contingente italiano da Isaf, a Força Internacional de Ajuda à Segurança da Otan no Afeganistão, também ficaram feridos na deflagração, que pode ter sido causada por uma mina ou uma bomba artesanal acionada a distância.

Equipes de socorro do contingente italiano chegaram rapidamente ao local, após a explosão, e transportaram os feridos de helicóptero para um centro médico próximo, informou o Ministério da Defesa.

A morte dos dois italianos, pertencentes a uma unidade de montanha, aconteceu oito dias depois de um atentado no sul do Iraque, em Nassiriyah, no qual três soldados desta mesma nacionalidade e um romeno foram abatidos.

A Isaf tem cerca de 10 mil soldados de 37 países, dos quais 1 mil italianos - estacionados em Cabul e arredores e no norte e oeste do país. Algumas centenas de italianos também se encontram instalados na região de Herat (oeste).

O futuro primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, reagiu imediatamente à perda de seus militares nesta sexta-feira. "O problema do tributo que nossos soldados prestam pela paz e a estabilidade talvez seja o maior do nosso país nesse momento", declarou.

No dia 8 de abril, uma base de soldados italianos em Herat sofreu um atentado com carro-bomba, e dois afegãos foram mortos na explosão.

A ala mais à esquerda da coalizão de Romano Prodi, eleito recentemente nas legislativas de 9 e 10 de abril, reivindica o retorno imediato dos soldados italianos instalados no sul do Iraque desde junho de 2003.

A retirada está programada, porém, para o final de 2006, como previsto pelo governo de centro-direita de Silvio Berlusconi.




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