Economia Titulo São Bernardo
Fundos internacionais têm interesse na Suvinil

Segundo o jornal ‘O Estado de S.Paulo’, venda da marca de tintas pela Basf pode movimentar até R$ 5 bilhões

Nilton Valentim
10/10/2024 | 20:20
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FOTO: Andre Henriques/DGABC


Empresas internacionais do ramo de tintas e fundos de investimentos estariam entre os interessados na compra da marca de tintas Suvinil, que é fabricada pela Basf nas unidades de São Bernardo e em Jaboatão dos Guararapes, no Pernambuco. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o negócio pode movimentar de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões e seria um dos maiores do ano no Brasil em fusões e aquisições.

No fim de setembro a Basf anunciou o desenvestimento (venda) das marcas Suvinil – uma das mais vendidas do País – e Glasu!. O motivo seria o fato de o Brasil ser o único país onde a empresa química alemã ainda produz tintas decorativas.

De acordo com o Estadão, executivos da Basf têm feito reuniões com bancos de investimento para escolher qual deles irá pilotar a negociação. Entre as instituições procuradas estão o Goldman Sachs, UBS BB, JP Morgan e Morgan Stanley estão entre os potenciais nomes.

O jornal aponta como potenciais compradores estratégicos as companhias norte-americanas Sherwin Williams e PPG, a europeia AkzoNobel, e as nacionais Tigre e Dexco. Entre fundos, a marca pode atrair o interesse de nomes como Advent, Partners Group, CVC, Brookfield e Mubadala.

O anúncio da venda das duas marcas mobilizou o Sindicato dos Químicos do ABC. Uma assembleia foi realizada na portaria da unidade de São Bernardo, que aprovou documento em que os trabalhadores fazem uma série de reivindicações à empresa. A principal delas é que o futuro comprador mantenha os empregos e os benefícios conquistados.

Eles inclusive ameaçaram entrar em greve no dia 8, mas a Basf marcou uma reunião para o dia 14 e as atividades foram mantidas. “Vamos ver a intenção da empresa em relação a respeitar os trabalhadores. Discutir o futuro sem deixar aquilo que ela tem de mais importante, que são a mão de obra qualificada e o profissionalismo de cada um. Então, nossa expectativa é dialogar e construir algo concreto para os trabalhadores”, afirmou Fábio Lins, secretário de Administração e Finanças do sindicato.

Na unidade de São Bernardo trabalham 800 funcionários e na de Jaboatão, 150.




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