Para vereador, prefeito teve o mérito de unir o grupo governista e de evitar novas dissidências
Marcelo Chehade (PSDB), vereador de Santo André e postulante à reeleição, atribuiu ao legado deixado pelo governo do prefeito Paulo Serra (PSDB) e a sua capacidade política a possibilidade de o candidato tucano ao Paço, Gilvan Junior, liquidar a fatura ainda no 1º turno. Chehade entende que Serra fui hábil ao conseguir aglutinar o grupo após a escolha de Gilvan como nome governista na disputa e ao impedir novas dissidências. A única foi a do vice-prefeito Luiz Zacarias (PL) – que, contrariado com a decisão, preferiu lançar voo solo.
“Tem muita gente na cidade pedindo votos para o Gilvan. Se eu, o Almir Cicote (Avante), o Pedrinho Botaro (PSDB) e outros que haviam lançado pré-candidaturas tivéssemos nos rebelado e lançado um nome do grupo, possivelmente a situação hoje estivesse igual à de São Bernardo”, disse Chehade, em visita ao Diário.
O tucano se refere à cisão do grupo govenista na cidade vizinha, o que resultou no lançamento de três candidaturas com o mesmo perfil político e ideológico – o deputado federal Alex Manente (Cidadania), o ex-vice-prefeito e ex-deputado federal Marcelo Lima (Podemos) e a empresária Flávia Morando (União Brasil). No entendimento de Chehade, a divisão do grupo contribuiu para o equilíbrio na corrida eleitoral – segundo o mais recente levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado no início desta semana, Marcelo, Alex, Flávia e o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) estão em empate técnico.
“Faltou habilidade ao (prefeito) Orlando Morando (PSDB) para unir o grupo, mas é bom ressaltar que, em São Bernardo, você tem dois candidatos fortes (Alex e Marcelo) que conseguiram se eleger para a Câmara dos Deputados. Então, naturalmente, seria mais difícil construir o consenso. Em Santo André, o Paulo arriscou um pouco ao lançar um nome desconhecido (Gilvan), mas sabia que poderia contar com a gente. Alguns até acharam ruim a escolha no primeiro momento e ficaram bravos, mas passou em dez dias.”
Chehade chegou a afirmar que não disputaria a reeleição à Câmara, mas foi demovido da ideia por seu grupo político. Em 2020, o tucano foi eleito para seu quarto mandato legislativo com 4.273 votos. Porém, assim como ocorreu em 2016, acabou ‘alçado’ à Secretaria de Esportes, que comandou nos dois mandatos de Paulo Serra. “O prefeito conversou comigo e disse ser importante para o grupo que eu saísse candidato. Além disso, professores e pais de alunos atendidos pelos projetos esportivos pediram para eu continuar. Então, esse grupo me fez entender que um novo mandato seria importante não só para mim, mas para o grupo”, revelou. O PSDB projeta aumentar dos atuais seis para oito o número de cadeiras na próxima legislatura.
O tucano, porém, negou que haja um compromisso estabelecido para que retome o comando da Pasta caso Gilvan seja eleito. “Não conversamos sobre esse assunto, mas eles sabem o que eu fiz pela Secretaria e conhecem a opinião de servidores da Pasta a nosso respeito. Porém, se for convidado (para voltar), eu aceitarei”, disse Chehade, para quem suas ações no Esporte têm tanto potencial para lhe render votos quanto sua atuação como médico – o ginecologista e obstetra estima ter realizado mais de 3.000 partos.
Entre os projetos que Chehade considera mais relevantes em sua passagem pela Secretaria figuram a reforma da piscina do Complexo Esportivo Pedro Dell Antônia e o projeto Campos de Paranapiacaba, que atende quase 2 mil crianças em 18 campos distritais.
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